Internacional

Ataque e contra-ataque: os dias difíceis na política angolana

A eleição de João Lourenço, a 23 de Agosto de 2017, e a consequente tomada de posse, a 26 de Setembro do mesmo ano, marcaram o fim de um longo reinado (1979-2017) de José Eduardo dos Santos. Um reinado, que como qualquer outro sobre a terra, teve conquistas e fracassos. Em termos de conquistas, por exemplo, é inegável o papel de José Eduardo dos Santos na pacificação de Angola e, sobretudo, na afirmação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) como partido dirigente do Estado. Dos Santos negociou quando foi possível e combateu quando as circunstâncias assim o obrigaram.

A confrontação militar com presença de forças estrangeiras – “apartheid” e Cuba – até 1988, e a confrontação entre os angolanos – MPLA e UNITA – até 2002 são momentos históricos de que os angolanos não se esquecem. O nome de José Eduardo dos Santos está intimamente ligado às guerra(s) que teve de travar e ao processo de pacificação de Angola.

Apesar da áurea pacificadora de Dos Santos, durante a sua governação, diga-se, nos últimos quinze anos (2002-2017) cresceu em Angola a percepção de que o seu Governo era corrupto. Uma percepção que se agudizou quando optou por pôr os seus filhos em instituições-chave da economia angolana, nomeadamente a Sonangol e o Fundo Soberano de Angola. É esta parte menos conseguida da governação de José Eduardo dos Santos (corrupção) que João Lourenço tomou-a como sua prioridade de governação.

Texto de Paulo Mateus Wache*

PWache2000@yahoo.com.br
 

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