A tensão voltou semana finda a sacudir a Universidade do Cabo, na África do Sul, terça-feira à noite, depois do desdobramento de efectivos da Polícia antimotim, para conter uma nova onda de violência.
Os estudantes, que chegaram a demolir, ano passado, a estátua do colonizador britânico Cecil John Rhodes erguida naquele Campus, concentraram-se para protestar contra a discriminação no seio da prestigiosa instituição e até invadiram residências e ergueram barricadas a que atearam fogo.
O vice-reitor da Universidade, Max Price, prometeu tomar medidas disciplinares contra os autores destas violências, sendo que oito estudantes já foram suspensos.
Ele indicou que as autoridades não vão deixar um pequeno grupo de "rebeldes violentos" impedir 27 mil estudantes de estudar num ambiente seguro.
Enquanto isso, a Universidade do Kwazulu Natal obteve uma interdição do Alto Tribunal contra trabalhadores contratuais que exigiam com violência que fossem imediatamente admitidos a título definitivo pela instituição.
De recordar que em finais do ano passado, milhares de estudantes participaram em manifestações em todo o país, obrigando o Governo a bloquear qualquer aumento das taxas de matrículas para o ano lectivo 2016.
A questão foi levada diante do Parlamento, terça-feira, onde a Rede de Transformação do Ensino Superior (HETN) pediu às universidades a divulgação do seu estatuto financeiro.
Durante um discurso diante do Comité para o Ensino Superior da Assembleia Nacional relativo ao Projecto de Emenda sobre o Ensino Superior, a presidente da HETN, Ingrid Tufvesson , disse que as universidades não fizeram nenhuma transformação e não deixaram transpirar nenhuma informação relativa aos seus fundos cuja origem remonta à época do apartheid.