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África Oriental reunida para analisar Burundi

Por admin

Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade da África Oriental reúnem-se de novo, hoje, domingo, em Dar-Es-Salaam numa tentativa para encontrar  uma solução para a crise política prevalecente no Burundi.

A reunião segue-se a outra realizada no passado dia 13 deste mês na capital tanzaniana sob presidência de Jakaya Kikwete, na qualidade de presidente-em-exercício daquele bloco regional, constituído pela Tanzânia, Quénia, Uganda, Burundi e Ruanda.

Também foram convidados ao encontro, os presidentes da África do Sul e de Angola, respectivamente Jacob Zuma e José Eduardo dos Santos.

O estadista angolano é presidente da Conferência Internacional dos Grandes Lagos. Foi convidada igualmente a Presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma.

O Secretário-geral das Nações Unidas far-se-á representar pelo seu enviado especial para os Grandes Lagos.

Burundi está mergulhado numa violência política devido à controversa decisão do Pierre Nkurunziza de se candidatar ao terceiro mandato.

Pelo menos vinte pessoas foram mortas desde o início dos protestos nos finais de Abril e cem mil refugiaram-se nos países países vizinhos.

A sua capital Bujumbura é palco de protestos de rua quase diariamente. Os partidos de oposição e outros críticos acham que a recandidatura de Nkurunzinza ao terceiro mandato é anti-constitucional, mas ele alega que o primeiro não é válido porque foi eleito pelo parlamento.

Há cerca de duas semanas, Nkurunziza foi alvo de uma fracassada tentativa de golpe de Estado.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da comunidade da África Oriental visitaram o Burundi há dias e constataram que a situação continua tensa no país e na região como um todo.

O chefe da diplomacia tanzaniana, Bernard Membe, afirmou que ele e os seus colegas reuniram-se ao longo desta semana com os líderes de quarenta e dois partidos políticos da oposição e avaliaram a situação de segurança e o drama humanitário devido à problemática dos refugiados.   

As eleições burundesas deverão custar vinte e oito milhões de doláres e não deverão contar com a ajuda dos doadores.

O presidente Nkurunziza disse que o país poderá agravar as taxas e fazer cortes nos orçamentos atribuídos a alguns ministérios, como saúde e educação.

Avelino Mucavele,
em Blintyre, Malawi

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