As previsões sobre o inevitável choque entre os EUA e a China já são conhecidas há quase meio século. Vários autores previram, desde a década de 1970, que uma das maiores dores de cabeça para as ambições hegemónicas globais dos EUA seria a China. Ao que tudo indica, e olhando para as relações com os EUA no mandato de Donald Trump, a China constitui o epicentro dos medos de Washington perderem o protagonismo de ser uma potência hegemónica. Entre a guerra comercial, as “provocações” sobre Taiwan e a “agitação” aos vizinhos da China para se “revoltarem” contra esta ascendente potência, os EUA têm mostrado, como nunca antes, o seu medo de serem trespassados pelo gigante asiático.
Dois eventos recentes fazem-nos rebuscar o debate em torno da mudança no sistema internacional. Primeiro, recentemente o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez saber que os EUA já não são a maior economia mundial. Pela primeira vez, pelo menos desde o término da Segunda Guerra Mundial, os EUA foram suplantados como a maior economia a nível global. A China, que tem sido a maior rival económica dos EUA, ocupa agora a posição cimeira no ranking das maiores economias. Esta é uma das condições para as potências pretenderem assumir o papel de liderança nos assuntos de interesse global. Leia mais...
Por Edson Muirazeque *
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