
O Sudão foi colocado na lista negra dos EUA em 1993, depois do primeiro ataque terrorista contra o World Trade Center, em Nova Iorque. Supostamente, assim que o já deposto presidente Omar Hassan al-Bashir tomou o poder, por via de um golpe de Estado em 1989, o Sudão transformou-se num santuário do jihadismo. Relata-se que a al-Qaeda, o grupo terrorista que perpetrou os ataques de 11 de Setembro de 2001, e vários outros grupos extremistas usavam o Sudão como sua base de operações para lançar ataques contra países como os EUA, a Arábia Saudita, o Egipto, a Etiópia, o Uganda, o Quénia, entre outros. Devido ao facto de servir de refúgio a grupos extremistas, o país foi colocado na lista de “países que patrocinam o terrorismo”.
A colocação na lista negra dos EUA implicou, para o país, enfrentar dificuldades de aceder ao sistema bancário internacional por quase três décadas. Alguns anos depois de entrar na lista negra dos EUA, as sanções económicas e a pressão militar de países vizinhos levou o Sudão a expulsar o líder da al-Qaeda, Osama Bin Laden. Quando aconteceram os ataques de 11 de Setembro de 2001, os serviços de segurança sudaneses mostraram-se colaborativos para com os EUA, mas isso não foi suficiente para o país ser retirado da lista negra. Washington continuou a considerar que o país, ou a sua liderança, não era de se confiar, pois mantinha relações amistosas com o Irão e o Hamas. Leia mais...
Por Edson Muirazeque *
This email address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it.