
O menino aprendeu a pegar a sacola dos livros escolares nas mãos e na cabeça uma bacia de “badjias” (pastéis de feijão) que sozinho fazia para vender aos seus colegas na escola. A ideia era única: ajudar dona Rosa Langa, sua mãe, a pôr comida na mesa.
Na luta para melhorar as condições de vida, viajou até à cidade de Xai-Xai, onde trabalhou como empregado doméstico e chegou a ser agredido pelo patrão. Tempos depois mudou-se para Maputo e conseguiu uma vaga de ajudante numa barraca no bairro George Dimitrov.
Meteu-se na música e o resultado é que hoje é dos artistas incontornáveis no país. Ganhou 11 prémios, atingiu um milhão de seguidores no Facebook. Passou por vários palcos internacionais hasteando a bandeira moçambicana. Há menos de um mês, lançou o seu quinto álbum, “Story of my life”, com 18 faixas. Atingiu o número recorde de meio milhão de visualizações no Youtube em menos de duas semanas, motivo suficiente para uma conversa com o artista que sente que veio ao mundo para marcar gerações.
Eis a entrevista no discurso directo. Leia mais...
Texto de Frederico Jamisse e Pretilério Matsinhe
Fotos de Jerónimo Muianga & cortesia de Mr. Bow