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Romão Fernandes Farinha morreu há 40 anos

Por admin

Uma cerimónia de homenagem ao herói nacional Romão Fernandes Farinha, por ocasião da passagem do 40° aniversário da sua morte, terá lugar esta terça, dia dia 23 de Abril, em Muatide,

 Posto Administrativo de Miteda, Distrito de Muedumbe, em Cabo Delgado. O acto será dirigido pela Presidente da República, Armando Guebuza, que se encontra de visita àquela província.

 

Romão Fernandes Farinha nasceu em 1943, na localidade de Muatide, Posto Administrativo de Miteda, Distrito de Muidumbe, Província de Cabo Delgado.

É filho de Fernando Navilavi e de Rufina Atibo. Romão teve um total de dez (10) irmãos.

Quando nasceu, Romão foi atribuído o nome de Malilene. Este nome viria, mais tarde a ser substituído por Mishau, aquando da sua participação nos ritos de iniciação. Por ocasião do seu baptismo na Missão de Nangololo, adoptou o nome de Romão ao qual foi agregado o nome Farinha, inspirado num missionário, seu professor, em Mariri. Doravante passou a chamar-se Romão Fernandes Farinha.

 

Em 1953, Romão Fernandes Farinha ingressou na Escola da Missão de Nangololo, onde concluiu a 3ª Classe Rudimentar, em 1956. Depois, formou-se como professor em Mariri, em 1960, tendo posteriormente trabalhado na zona de Ntamba dos Makonde até por volta de 1964. Nesta altura, Romão mobilizou os jovens para que se empenhassem na formação na perspectiva de servirem o país, futuramente.

 

Refira-se que em 1962, Romão Fernandes Farinha contraiu matrimónio com Beata Augusto, na Missão de Nangololo. Desta relação nasceram duas filhas, nomeadamente, Madalena e Jacinta.

 

Em 1964, Romão Fernandes Farinha ingressou na Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), ainda no interior de Moçambique, concretamente na zona de Mpanola. A sua acção centrou-se na mobilização da população, difundindo mensagens e propagandas da FRELIMO. Esta acção fortificou, por um lado, o apoio popular indispensável à guerrilha e, por outro, atraiu mais jovens para a luta armada. Tendo se destacado nesta actividade, Romão seguiu para Tanzânia.

 

Em Novembro de 1965, Romão Fernandes Farinha foi integrado num grupo de 48 jovens nacionalistas que rumou para treinos militares, em Sinferopol, na Ucrânia. Neste centro, especializou-se na área de Comando. Terminada a formação, Romão Farinha regressou a Dar-es-Salam, em Maio de 1966. 

 

Em Outubro de 1966, Romão Fernandes Farinha foi enviado para a província de Niassa, como chefe do 1º Pelotão, da 3ª Companhia. Na ocasião, foi incumbido a responsabilidade de garantir a segurança junto a fronteira com a Tanzânia, de modo a assegurar o abastecimento em material de guerra e víveres para as frentes de combate, missão que cumpriu com destreza.

 

Em 1967 foi indigitado Chefe de Efectivo Provincial, em Niassa. Em reconhecimento das suas qualidades, em 1968, após a realização do II Congresso da FRELIMO, Romão foi indicado Chefe das Operações Provincial, igualmente, em Niassa.

 

Romão Fernandes Farinha evidenciou-se como um comandante corajoso, destemido e perspicaz. As suas acções combativas contribuíram para a consolidação das zonas libertadas e para a progressão impetuosa da Luta Armada de Libertação Nacional em direcção aos redutos “fortificados da tropa colonial” em Niassa.

 

Romão Fernandes Farinha perdeu a vida a 28 de Março de 1973 na base Mepoche, região ocidental de Niassa, vítima de doença. 

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