Cinco feridos e danos materiais ainda não contabilizados constitui o rescaldo de um ataque protagonizado por homens armados da Renamo no troço Muxungué-Rio Save, província de Sofala, na manhã de ontem.
Homens armados da Renamo voltaram, na manhã de ontem, a protagonizar mais um ataque contra alvos civis, onde feriram cinco pessoas, das quais dois homens, igual número de mulheres e uma criança, que iam num autocarro de uma transportadora designada “Angolana”.
Segundo o porta-voz do Comando Provincial da Polícia da República em Sofala, Daniel Macuácua, o ataque aconteceu por volta das 8 horas, quando uma coluna de viaturas que seguia viagem no sentido Muxunguè-Rio Save e foi interceptada na zona entre Zove e Ripembe, tendo sido atingida uma das viaturas.
Daniel Macuácua disse que os feridos foram socorridos e transportados para o Posto de Saúde de Save, onde receberam tratamento. Porém, ainda não possui dados relevantes sobre o estado de saúde das mesmas.
Macuácua garantiu que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) vão continuar com as acções de defesa, porque possuem informações segundo as quais a Renamo pretende desencadear acções armadas estando a movimentar-se em diferentes pontos da província de Sofala, com vista a atacar alvos militares e civis.
Aliás, no dia anterior, os homens armados da Renamo haviam atacado um carro militar, quando regressava do reabastecimento a um dos postos das Forças de Defesa e Segurança.
A fonte apela às populações para que se mantenham vigilantes e denunciem qualquer tentativa de perturbação de ordem nas comunidades.
FRELIMO CONDENA ATAQUES
Entretanto, o porta-voz do partido Frelimo, Damião José, apelou à Renamo para deixar de ameaçar e atacar as populações e abraçar o projecto da consolidação da paz e da democracia no país.
Damião entende que com está atitude, a Renamo pretende boicotar e inviabilizar o processo de recenseamento eleitoral em curso no país que culminará com as eleições de 15 de Outubro próximo.
Enquanto isso, o porta-voz do presidente da Renamo, António Muchanga, acusou as FDS de estarem a ganhar posições avançadas no perímetro de Gorongosa com o intuito de desencadear uma série de ataques militares.
Tal facto, segundo Muchanga, aconteceu nos dias 29, 30 de Abril, 1 e 2 de Maio corrente com o propósito único de eliminar fisicamente Afonso Dhlakama.
