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O reconhecimento dos desportistas ao Presidente da República

Por admin

Desportistas de todo país juntaram-se em Maputo para render a sua homenagem ao Presidente da República, Armando Guebuza, em reconhecimento ao seu contributo para os resultados alcançados nos últimos dez anos de governação.

Antigos atletas e praticantes no activo, dirigentes, árbitros e vários integrantes do movimento associativo, não quiseram fechar a década de governação de Armando Guebuza sem dizer em viva voz “obrigado ao Chefe do Estado” pelo trabalho desenvolvido no sector.

Um trabalho espelhado no crescimento de infra-estruturas, na produção e aprovação de vários dispositivos legais, na realização pela primeira vez dos Jogos Africanos em Moçambique e na conquista de medalhas em diferentes competições internacionais.

Por isso, no entender dos desportistas, homenagear Armando Guebuza é “prestar tributo a um homem cuja história se confunde com a própria história do Moçambique contemporâneo”.

AS RAZÕES DA HOMENAGEM

Durante a governação do presidente Armando Guebuza, Moçambique testemunhou um salto quantitativo e qualitativo de prática desportiva, sobretudo depois do “boom” consequente dos Jogos Africanos de 2011.

Numa nação que ainda carece de infra-estruturas desportivas modernas, a construção do Complexo Desportivo do Zimpeto acaba sendo uma obra incontronável do presidente apaixonado pelo cimento, betão, ferro, pedra e materiais afins.

Para além do estádio de futebol com pista de atletismo, o Complexo Desportivo do Zimpeto compreende piscinas olímpicas e um complexo habitacional, dotando o país de infra-estruturas modernas e com padrões internacionais.

Aliás, a construção do complexo habitacional junto ao estádio e piscinas resolveu definitivamente as dificuldades que as delegações desportivas nacionais enfrentavam para hospedar ou estagiar na capital do país.

De resto, é também naquele complexo onde passam as noites os atletas da principal prova desportiva nacional, o “Moçambola”.

Os Jogos Africanos de Maputo-2011 foram um momento durante o qual todos os moçambicanos expressaram o seu patriotismo. O evento elevou a fasquia dos padrões na organização de eventos de tamanha magnitude e no final Moçambique teve nota positiva de todas delegações estrangeiras.

O Afrobásquete de femininos, no ano passado, no qual as nossas jogadoras superaram todas as barreiras, glorificaram o país e foram heroínas. Moçambique ficou com a medalha de prata e, pela primeira vez na sua história, ganhou o direito de disputar o Campeonato Mundial de Basquetebol;

As duzentas e cinquenta e seis medalhas de ouro, prata e bronze conquistadas pelos nossos atletas e selecções em modalidades como basquetebol, atletismo, hóquei em patins, tae kwon do, judo, boxe, natação, karate, canoagem, tang soo do, vela e desporto para deficientes, bem como as qualificações dos “Mambas” para o Campeonato Africano de Futebol foram outros ganhos significativos;

A realização de três Festivais Nacionais de Jogos Tradicionais, como forma de valorização da cultura moçambicana e resgate das tradições multifacetadas do nosso povo;

A legislação desportiva, com enfoque:

Na Política e Estratégia do Desporto, que trouxe, como visão, fazer do desporto uma actividade social de interesse público que contribui para a formação e desenvolvimento integral do homem, melhora da sua qualidade de vida e valorização de talentos desportivos;

O Regulamento do Seguro Desportivo, que veio estabelecer o regime jurídico que garante a cobertura de riscos de acidentes pessoais inerentes à actividade desportiva;

O Regulamento do Trabalho Desportivo, através do qual o Governo assume o desporto como profissão;

A aprovação do Regulamento de Premiação Desportiva, que estabelece a premiação aos atletas e respectivos acompanhantes, integrantes das selecções nacionais que alcancem êxitos nas competições internacionais de carácter oficial.

Missão Moçambique

melhorou os resultados

A Criação da Missão Moçambique constitui um marco assinalável do desporto moçambicano nos últimos dez anos, tendo sido através deste órgão que o Governo coordena a participação do país em competições internacionais.

Criado em 2010, o órgão garante a coordenação entre o movimento associativo e o Governo. Desde então, registou-se inclusive um crescimento de  um total de 12 federações, que existiam no país antes da MM, para 28 reconhecidas, 24 das quais com actividades permanentes.

Modalidades antes tidas como sendo do plano B – não prioritárias – tal como vela, canoagem, judo, karate, taekwondo e até o hóquei em patins, ganharam alguma notoriedade e os resultados não se fizeram esperar, beneficiando-se imediatamente de reforço em termos de investimentos.

Por conseguinte, os atletas dessas modalidades registaram uma evolução internacional assinalável e conquistaram medalhas que colocaram o país no mapa do desporto planetário.

Antes da criação da Missão Moçambique, a premiação consumia cerca dois milhões, mas já em 2012 duplicou para quatro e em 2013 foram gastos cerca de oito milhões de meticais em prémios para atletas nacionais.

Outra grande vantagem da Missão Moçambique é a coordenação permanente na planificação de actividades entre o próprio Ministério da Juventude e Desporto, Fundo de Promoção Desportiva, federações e Comité Olímpico de Moçambique.

Actualmente, a preocupação da Missão Moçambique é continuar é aumentar cada vez mais o número de medalhas até aqui conquistadas, através de um apoio concertado dos agentes económicos ao desporto de alto rendimento, mas também uma maior e mais equilibrada exposição mediática e maior divulgação do país, das suas marcas e resultados.

António Munguambe, director do Instituto Nacional do Desporto (INADE) disse não ter sido difícil organizar a Homenagem dos desportistas ao Presidente da Republica Armando Emílio Guebuza, porque houve sempre abertura total das empresas contactadas para o efeito.

Precisamente porque há facilitação na atribuição de patrocínio por parte das empresas, “a organização da efeméride foi a tempo recorde”.

Nesse tempo, 400 pessoas aderiram a iniciativa “ e estão aqui connosco nesta cerimónia simples, solene e pública”, sublinhou Munguambe.

Para o dirigente, a homenagem ao PR insere-se naquilo que chama de desporto e cidadania, coisa flexível “mesmo sem dinheiro, que se apoia na Missão Moçambique, com o qual tudo é possível.”

Quanto ao objectivo da cerimónia, Armando Munguambe não hesitou em dizer “foi totalmente alcançado.”

Guebuza soube

dignificar o desporto

– Lucas Sinoia, ex-pugilista

Lucas Sinoia, ex-pugilista e patrono da academia de boxe com o seu nome, considera que há que primeiro dar parabéns aos mentores da ideia, pois ele (o Presidente da Republica) merece homenagem por tudo que fez em prol do desporto.

“O país passou a contar com um moderno Estádio Nacional, organizou com sucessos os X Jogos Africanos e já possui instrumentos jurídicos que estimulam à prática desportiva graças a este Presidente da Republica. Então, ninguém deve questionar esta homenagem, que merece a Armando Emílio Guebuza, porque soube dignificar o nosso desporto. Foi uma boa ideia, muito bem correspondida pelos desportistas moçambicanos, nos que sabíamos o que nos faltava e ainda nos falta”.

– Mais do que esta merecida homenagem ao Presidente Guebuza, é preciso que as entidades desportivas nacionais, provinciais e distritais sigam o exemplo do presidente de impulsionar a construção de infra-estruturas desportivas, condição principal para o desenvolvimento do desporto, vincou o maior pugilista moçambicano de pós independência.  

Prosseguir com o legado

– Manuel Monteiro Jr., dirigente

Manuel Monteiro Jr., gestor desportivo, recorda que entrou na Federação Moçambicana de Futebol como Secretário Geral justamente há dez anos e um dos primeiros actos foi projectar a construção do Estádio Nacional.

– Particularmente entrei na federação de futebol há dez anos, e um dos primeiros actos foi a candidatura ao CAN acolhida nesse primeiro mandato pelo Governo chefiado por este presidente, mas dai saiu o estádio, ficou o legado. Temos que prosseguir.

Actualmente a gerir a Prosport, Manuel Monteiro Jr. entende que um dos desafios para o próximo Presidente da República é promover a formação do atleta a partir da escola.

– É necessário levar a juventude a praticar mais desporto e fazer com que a escola seja efectivamente o berço da competição, que os miúdos tenham dias para a massificação, fazer a formação, depois disso é termos paciência em educar os jovens para em vários ciclos olímpicos moldarmos atletas e por último um novo cidadão útil à sociedade.

Presidente criou

bases de avanço

– Esperança Sambo, ex-jogadora

Esperança Sambo, a maior referência do basquetebol feminino moçambicano, desde a independência nacional, considerou a homenagem ao Chefe de Estado de muito merecida.

“Este Chefe de Estado muito merece esta homenagem. Para os desportistas moçambicanos ele teve interesse pelo desporto e contribui grandemente para elevar a sua prática no país. Só temos que continuar a agradece-lo por tudo que quis ver construído para o desenvolvimento do desporto nacional”, referiu Esperança Sambo.

A campeã africana de basquetebol fez questão de sublinhar que “se olharmos para a história do nosso desporto, veremos que muitas modalidades, incluindo as não prioritárias, já estão a ter conquistas visíveis”.

No entanto, Esperança Sambo apela para que se aposte em infra-estruturas desportivas e na formação dos agentes desportivos para que possamos ir mais longe, conquistando mais medalhas e mais títulos”. 

Indicou-nos o caminho do sucesso

– Domingos Langa, dirigente

Domingos Langa, antigo presidente da Federação Moçambicana de Xadrez e patrono da Escola de Xadrez da Matola, considera que o presidente Armando Guebuza foi um impulsionador daquela modalidade.

Fez muito pelo desporto moçambicano, em 2005, quando visitou a Matola, escalou a Escola de Xadrez, deu-nos muita força para que o xadrez fosse massificado na província do Maputo e também ao nível nacional.

Lembra que foi esse incentivo do Chefe do Estado que permitiu que “hoje o xadrez se expandisse ao nível nacional graças a iniciativa do presidente”.

Referindo-se aos desafios do sucessor de Armando Guebuza na Presidência da República, Domingos Langa apontou para a necessidade do contínuo reforço de investimento no sector.

– Primeiro há que ter sempre em conta que o desporto sem dinheiro não vai desenvolver-se na velocidade que pretendemos. É preciso que o próximo timoneiro do Estado continue a criar condições de injectar mais dinheiro para aumentar a massificação, dado que talentos só desenvolvem com massificação e isso só é possível com dinheiro.

Conseguimos o quarto

lugar no “Mundial”

– Nicolau Manjate, presidente da Federação de Patinagem

Nicolau Manjate, presidente da Federação Moçambicana de Patinagem, justifica como oportuna a homenagem ao Presidente da República porque nos últimos dez anos foi sensível aos problemas dos desportistas.

– Foi o obreiro do clima que se criou, nestes dez anos, no qual o desporto registou um salto qualitativo quer em termos organizacionais, quer em termos estruturais, basta olharmos para a grande realização dos Jogos Africanos e também para a construção do moderníssimo Estádio Nacional do Zimpeto, sem mencionarmos as diversas vitórias que revelam um grande desenvolvimento.

O dirigente recorda que foi durante esta governação que Moçambique conquistou o quarto lugar no Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins disputado em 2011 na cidade de San Juan, Argentina.

Aponta como desafios do próximo Chefe do Estado “prosseguir com o programa de governação porque estamos em condições de avançarmos mais. Foi neste período que conseguimos o quarto lugar no Campeonato do Mundo de hóquei em patins”.

Guebuza impulsionou

as pequenas modalidades

– Caetano Rúben, dirigente

“O Presidente Armando Guebuza soube dar continuidade dos ganhos alcançados nos mandatos anteriores e impulsionou o crescimento das modalidades menos divulgadas, como são os casos de vela, canoagem, atletismo, natação, badmintou ou ténis”, assim justificou Caetano Rúben a homenagem ao Chefe do Estado.

No entender do dirigente, a realização dos Jogos Africanos em Maputo veio revolucionar a prática desportiva e demonstrou que é possível Moçambique estar entre os melhores países de África.

– Ele acreditou desde a primeira hora que era possível Moçambique ter um parque desportivo como do Zimpeto. Nós, em particular, na natação, tínhamos apenas uma piscina olímpica na Beira e passamos a ter três com as duas construídas no Zimpeto, salientou.

Ao próximo Chefe do Estado, Rúben aconselha a saber indicar pessoas do desporto para o sector, porque, argumenta, “o que muitas vezes nos atrasa e confiarmos pessoas formadas noutras áreas para gerir o desporto. Não é mesma coisa. Na agricultura ou pecuária não encontramos técnicos do desporto a dirigir”.

Recomenda ainda a formação de profissionais de comunicação social noutras modalidades para uma melhor divulgação.

 

 

 

 

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