Nacional

CONFLITO DE TERRAS: Sociedade civil assiste camponeses

Reacção surge na sequência de uma denúncia do domingo

 

A Organização da Sociedade Civil Contra a Usurpação da Terra (ASCUT) está a trabalhar com vista a ajudar os camponeses da Associação Samora Machel, no bairro Guava, distrito de Marracuene, a recuperarem as suas machambas.

Trata-se de machambas
de dezenas de camponeses
que foram vendidas
pelo presidente
daquela agremiação de
agricultores a um empresário
de origem asiática que se presume
pretende erguer várias
infra-estruturas do ramo de
ensino.
Numa primeira fase, a ASCUT
decidiu ouvir as partes
envolvidas, entre elas os proprietários
dos campos, assim
como os compradores.
Os camponeses contaram à
organização que foram traídos
pelo seu presidente que, tentado
pelos valores apresentados
pelo empresário, não hesitou
em entregar os seus campos,
sem, no entanto, auscultá-los.
Para o efeito, trabalharam
na passada terça-feira com
os camponeses onde divulgaram
a Lei de Terra, para além
de se inteirarem sobre o “negócio”.
Na ocasião foram informados
que o empresário já
demarcou uma parcela da terra
estimada em cerca de 10
hectares, e já avisou os camponeses
para abandonarem os
locais.
Aliás, Maria Adozinda, oficial
de comunicação da ASCUT,
disse que o prazo que o empresário
deu àqueles camponeses
já expirou, e esperam
a qualquer momento serem
expulsos.
Maria Adozinda disse ainda
que a sua equipa está a trabalhar
por forma a evitar que as
pessoas sejam retiradas dos
seus campos, mas está a encontrar
dificuldades para ouvir
tanto o empresário, assim
como as estruturas dos camponeses.
Num outro desenvolvimento,
Adozinda disse que nos próximos
dias a sua agremiação
vai convidar um jurista para se
deslocar àquelas comunidades
por forma a ajudá-los.
 

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