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Município alivia drama no Fomento e Liberdade

Por admin

Texto de Abibo Selemane

O Município da Matola está em contacto com entidades nacionais e estrangeiras para o financiamento da conclusão das obras de construção da drenagem ligando os bairros Liberdade e Fomento. Actualmente, decorrem obras de limpeza de drenagens e valas daqueles dois bairros com zonas alagadas.

A construção da drenagem ligando os bairros do Fomento e Liberdade iniciou após as cheias de 2000, mas foi interrompida após serem edificados cerca de mil e 600 metros, faltando mais de três quilómetros para a sua conclusão. Insuficiência de fundos é a principal razão apontada para a interrupção.

Actualmente, dezenas de famílias daqueles dois bairros têm as suas casas submersas, cenário que se está a tornar habitual em épocas chuvosas.

Semana finda, os munícipes afectados reunirem-se com o edil da Matola, Calisto Cossa, com o objectivo de encontrar soluções para superar o drama instalado. No encontro, foi acordado uma acção imediata que consiste na limpeza das valas e remoção de todo obstáculo que obstrui o curso normal das águas pluviais.

É assim que desde quarta-feira passada máquinas se fizeram ao terreno num trabalho intenso, abrindo caminhos para as águas passarem. 

Bernardo Dramus, vereador de Obras e Infra-estruturas no Município da Matola, explicou que a intervenção visa garantir um maior fluxo das águas em direcção ao mar. “Esta é uma drenagem espinha que parte da Liberdade, passa por Fomento até ao mar. Interliga várias bacias, daí a importância destas obras, porque vão aliviar centenas de famílias que vivem em condições impróprias devido às chuvas”, apontou Dramus.

Aquele dirigente referiu que a irregularidade na limpeza das valas e o depósito de lixo nas mesmas precipitaram o bloqueio dos canais, incluindo um pequeno aqueduto que permitia o acesso por viaturas a algumas unidades fabrís erguidas nas imediações da vala principal.

Dramus disse à Reportagem do domingo que neste momento a grande preocupação da edilidade é a vala principal que deve ter capacidade para receber grandes quantidades de água.

“O aqueduto bloqueava a passagem das águas. Estamos num processo de combinar um trabalho de limpeza e também educativo para com as nossas comunidades e empresários, senão um dia ficaremos sem munícipes nos bairros Fomento e Liberdade” explicou.

A fonte também reconheceu que o curso da água foi bloqueado porque algumas pessoas construíram murros de vedação e outro tipo de infra-estruturas no traçado natural das águas.

“Aqui a água não passa, porque as pessoas construíram muros que perturbam a circulação de água. Outros depositam elevadas quantidades de lixo. Estamos a finalizar a postura que vai penalizar as pessoas que depositam resíduos sólidos em lugares impróprios. Os empresários conseguem ver que neste ponto é preciso passar água. As valas estão entupidas por acção de alguns agentes económicos” disse.

Dramus aclarou que o Conselho Municipal não pretende prejudicar os interesses dos empresários, mas apenas garantir a acessibilidade e mobilidade nos bairros em alusão.

“Queremos assegurar que os lugares que constituem estrangulamentos das águas sejam desbloqueados. Há várias famílias que saíram de suas casas. Algumas vão à casa só para confirmarem se se roubou ou não. O nosso principal apoio é este, garantir que as pessoas fiquem nas suas próprias casas. A nossa intenção é evitar a abertura de centros de acomodação para as famílias”, referiu Dramus.

BACIAS PARA NKOBE

Tal como domingo publicou recentemente, os bairros Machava Socimol 15 e Nkobe são outros pontos do Município da Matola com casas submersas, para além de ruas intransitáveis.

A edilidade está a par do drama instalado e projecta igualmente a construção de drenagens e bacias de retenção das águas pluviais nalgumas zonas.

Mas o desejo imediato volta a imperar pelo mesmo motivo: falta dinheiro!

Bernardo Dramus disse que as águas pluviais que bloqueiam ruas e inundam residências até podem ser úteis para outros fins, daí fazer sentido a edificação de bacias de retenção.

“No caso de Nkobe e Tsalala, para além de drenagens, estamos a projectar a construção de bacias para reter a água. No Nkobe, temos casas construídas em zonas impróprias”,admitiu.

A direcção daquela autarquia vai reunir-se brevemente com as populações afectadas pelas chuvas para prestar informação relativa ao estágio dos projectos de construção de drenagens e seu impacto nos bairros Fomento, Liberdade, Tsalala e Nkobe.

Ponte sobre “Mulahúze”

arranca este Janeiro

As obras de construção da ponte sobre o rio “Mulahúze” no Município da Matola, província de Maputo, poderão iniciar ainda no presente mês de Janeiro.

Trata-se da ponte que vai tornar possível a ligação entre a Estrada Nacional Numero 1 com o Município da Matola, e vice-versa, através da zona conhecida por Molumbela, onde a ponteca que existia foi derrubada pela corrente das águas da chuva que fustigou as cidades da Matola e Maputo em Dezembro passado.

A ponte, que terá a extensão de 70 metros de comprimento, será feita de betão e terá duas faixas de rodagem, sendo uma para cada sentido, para além de passeios para os peões.

Sem se referir ao orçamento da infra-estrutura, o vereador de Obras e Infra-estruturas no Município da Matola, Bernardo Dramus, disse que as obras vão durar três meses e, neste momento, o empreiteiro está a envidar esforços para a aquisição do material necessário para o efeito.

Dramus disse ainda que as autoridades municipais, assim como os utentes daquele troço, estão preocupados com o cenário que se vive neste momento, em razão disso, achou-se melhor o empreiteiro iniciar com os trabalhos enquanto faz a avaliação dos custos da obra.

Paralelamente a estas intervenções, as autoridades municipais estão a levar a cabo a manutenção de vários troços que fazem ligação entre os bairros ou com o município de Maputo.

No rol dessas intervenções, foi concluído e melhorado o troço Mafureira-Khongolote. Esta via serve de alternativa para a via de Molumbela que neste momento encontra-se cortada. Actualmente, está em execução a reabilitação do troço T3-Molumbela.

Os trabalhos consistem no alisamento e colocação de nova terra que foi arrastada pelas águas das chuvas.

domingosoube do vereador que ainda neste trimestre o município vai lançar um concurso para a pavimentação daquelas duas vias.

“Estrada Velha” só em Fevereiro

As obras de asfaltagem da avenida União Africana (Estrada Velha) poderão ser retomadas no próximo mês de Fevereiro. Tudo porque, contrariamente ao que estava planificado, os trabalhos de colocação de colectores que estavam previstos para terminarem este mês de Janeiro, só poderão se efectivar em Fevereiro próximo.

Os colectores já foram colocados no espaço entre a baia e as instalações da empresa “Peixe da Mamã”. Neste momento, decorrem obras a partir deste local para cidadela da Matola, no antigo espaço da Rádio Moçambique.

Os colectores vão servir para receber as águas das chuvas ou residuais que vão cair nas casas ou instituições que funcionam nas imediações na Estrada Velha, a exemplo do Mercado Santos.

Essas águas serão depositadas na Estação de Tratamento de Águas Residuais que será montada nas proximidades da sede da empresa Transportes Lalgy.

Naquela Estação, a água será tratada e uma parte servirá para serviços domésticos como irrigação dos campos de cultivo, lavagem de carros, entre várias actividades e outra será evacuada para o mar.

Bernardo Dramus disse que a Estação que funcionará naquele ponto da Matola é uma iniciativa da edilidade e os gestores da Cidadela da Matola, com vista a fazer o reaproveitamento das águas residuais e reduzir as inundações que se verificam no bairro Matola “A” sempre que chove.

Abibo Selemane

habsulei@gmail.com

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