Apesar da existência de um quadro legal e político favorável ao seu desenvolvimento e emancipação, as mulheres afirmam, de forma unânime, que ainda existem muitos desafios
pela frente com vista a ultrapassar a desigualdade de género e a pouca escolarização da rapariga e mulher muitas vezes sustentadas por factores sócio – culturais.
Este foi um dos factores apontados para o retrocesso da classe feminina, aquando do encerramento da III Conferência Nacional sobre a Mulher e Género, realizada semana finda em Maputo sob o lema Género, Direitos e Saúde Sexual e Reprodutiva: a chave para o empoderamento da Mulher.
Discursando na cerimónia de encerramento do evento, a representante do Governo para a pasta da Mulher e Acção Social, Iolanda Cintura, realçou a importância daquele encontro para a afirmação e emancipação da mulher e saudou os avanços por ela conquistado, tendo referido ser de capital importância olhar para os desafios que são colocados com vista a se materializar em pleno os direitos da classe feminina. Nesse âmbito, Cintura destacou a inclusão da igualdade de Género nos Programas de Desenvolvimento, Direitos e Saúde Sexual e Reprodutiva; o Papel da mulher empreendedora no desenvolvimento comunitário, entre outros factores.
No campo das conquistas alcançadas, com vista a empoderar a mulher, a representante do Governo fez alusão aos avanços registados, tendo destacado a criação de um Banco de Desenvolvimento da Mulher e Caixa Mulher, a aprovação do Mecanismo de Atendimento Integrado às mulheres e crianças Vítimas de Violência.
No âmbito da divulgação da legislação sobre Violência Doméstica Praticada Contra a Mulher, foram formadas cerca de 4000 mulheres; capacitados 301 membros dos Conselhos Consultivos Locais e Líderes Comunitários, referiu.
A Saúde sexual e reprodutiva da Mulher também constituiu um dos temas centrais daquele evento que reuniu mais de 300 mulheres, idas de diferentes pontos do país, e foi presidida pela Primeira-dama da República, Maria da Luz Guebuza.
