Moçambique está a concluir a elaboração da Estratégia Nacional rumo à Economia Azul, com vista ao aproveitamento integral e racional dos oceanos.
O primeiro passo foi dado, semana finda, com o lançamento do Plano de Ordenamento do Espaço Marinho Nacional, num acto dirigido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, na segunda Conferência Internacional “Crescendo Azul”, realizada no bairro de Chibuene, na cidade de Vilankulu, província de Inhambane.
Com efeito, a questão do uso dos oceanos e conservação da biodiversidade marinha mereceu a atenção dos cerca de 1500 participantes que também debateram vários temas, entre eles, “Governação e Sustentabilidade do Oceano”, “Oceano e Inovação Científica, Segurança Marítima” e “Governação Marítima, Impacto Ambiental do Transporte Marítimo e Efeitos da Poluição”, “Desenvolvimento da Economia Azul”.
Entretanto, destaque vai para o debate que tinha em vista a redução da poluição dos mares, de modo a garantir que as gerações futuras beneficiem dos recursos.
Domingos Gove, director de Alimentação, Agricultura e Recursos Naturais, na Comunidade dos Países de Desenvolvimento da África Austral (SADC), referiu que Moçambique está a fazer a sua parte, tendo em vista o desenvolvimento da Economia Azul. Contudo, observa que o plano deve terem conta os outros instrumentos regionais sobre a matéria.
E mais: tendo em conta a descoberta dos recursos como gás na bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, o país tem de desenvolver tecnologias que reduzam os níveis de poluição do mar.
“Tem de haver equilíbrio na exploração do gás natural. Não faz sentido deixar de explorar este recurso à espera de uma solução que não está nas suas mãos. O Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, disse, em Glasgow, na Cimeira da Cop 26, que a exploração de hidrocarbonetos no país vai avançar e com menor índice de poluição, no âmbito da transição energética”, explicou o académico. Leia mais…
Texto de Domingos Nhaúle
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