Em Moçambique, o evento decorreu sob o lema “lixo no chão, não!”. A jornada contou com a presença de Celso Correia, Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural.
Apesar das baixas temperaturas que se registaram nas primeiras horas do dia de ontem, na cidade de Maputo, o movimento de pessoas foi intenso, uma realidade, em parte, resultante da publicitação feita ao longo dos dias que antecederam a acção, bem como do anúncio feito no local através do uso de megafones.
Com efeito, a população, equipada de camisetes com os seguintes dizeres: “Não ao lixo nas valas de drenagem” e empunhando pás, ancinhos e carrinhos de mão, empenhou-se na limpeza e depósito dos resíduos sólidos em locais apropriados.
Foram centenas demoradores do bairro da Mafalala e não só, que se juntaram ao Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Polícia da República de Moçambique (PRM), Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP), Cruz Vermelha, usando camiões da Eco Life, para em conjunto, libertarem as valas de drenagem das Ruas de Goa, Eduardo Viegas, 3.026, Eusébio da Silva Ferreira e entre outras.
A escolha do bairro da Mafalala, de acordo com Celso Correia, Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, deveu-se ao facto de se tratar de um lugar histórico e, na esteira disso, apresentar-se como um potencial turístico assinalável.
“Acreditamos que mais do que limpar o bairro trazemos uma esperança para os moradores desta zona residencial, ao mostrarmos que é possível viver numa sociedade limpa. E manter o nosso bairro limpo começa em cada um de nós, ao garantirmos que a nossa casa esteja limpa”, apelou.
Num outro desenvolvimento, o Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural fez referência ao facto de o Governo, de uma forma paulatina, pretender que se substitua os sacos plásticos por outras alternativas mais saudáveis ao meio-ambiente. Mesmo assim, “temos consciência de que se trata de um processo que vai levar muito tempo. Mas introduzimos agora medidas que visam a redução de um tipo saco plástico que é nocivo à saúde e agora estamos a desencadear iniciativas para estimular o sector privado a trazer soluções novas”.
Por sua vez, Manuel Mussana, chefe do Quarteirão 50 e da limpeza ao nível da célula, disse ao domingo que a mobilização da população foi feita uma semana antes. Como resultado desta acção, espera “estancar o lixo nas drenagens, porque dificulta o escoamento das águas pluviais, o que tem como consequência a procriação de mosquitos, atentando a saúde pública.
O evento contou com a participação da Embaixadora da Suíça, Irina Schoulgin Nyonique na ocasião enalteceu a iniciativa e fez votos para que mais acções do género sejam levadas a cabo em diferentes locais.
