Ampliar as suas infra-estruturas para a diversificação do fluxo das suas actividades e transformá-lo num laboratório de referência na área de biotecnologia, reforçar parcerias no âmbito de ensino e pesquisa com instituições de ensino superior e de investigação bem como recrutar novos quadros competentes, são os grandes desafios do novo laboratório nacional instalado em Xai-Xai, província de Gaza.
Neste momento, a infra-estrutura está sem pessoal que coloque o laboratório a funcionar em pleno e, para se superar o referido défice, desencadeiaram-se esforços para a inversão do cenário da falta decabimento orçamental.
Segundo Agostinho Mahanjane, do Centro Regional-Sul de Ciência e Tecnologia, a sua instituição tem trabalhado no Centro de Biotecnologia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), equacionando-se a possibilidade de transferência de certos projectos para este, por existirem, condições para o efeito.
As condições do laboratório de biotecnologia incluem várias especialidades, com enfoque para biologia molecular, contudo, para se garantir a sua sustentabilidade, o laboratório contará com a realização de pesquisas científicas, treinamentos e operações de transferências de tecnológicas. “Terá como áreas os recursos genéticos, ou seja, biodiversidade marinha e terrestre, agricultura, pescas, educação ambiental”, disse-nos Agostinho Mahanjane.
O laboratório de Biotecnologia foi estabelecido no âmbito duma parceria entre o Governo de Moçambique num valor global de 82 mil euros e do lado espanhol contratou-se uma empresa que se inteirou das componentes técnica e orçamental.
Da parte moçambicana, a entidade responsável foi o Ministério de Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-profissional que, após um estudo decidiu que o laboratório fosse instalado em Xai-Xai, província de Gaza.
Pesou bastante para tal decisão o facto de a ideia inicial da concepção do projecto ter sido de laboratório de biotecnologia marinha por causa das dimensões de infra-estruturas que se perspectivavam.
Artur Saúde