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Guebuza denuncia sectores que instigam convulsões sociais

Por admin

O Chefe do Estado, Armando Guebuza, diz estar convicto de que não voltará a haver guerra no país, pese embora existam certos sectores que investem tudo quanto podem na promoção de 

um ambiente de “convulsões sociais” na tentativa de, entre outros objectivos, desencorajar o investimento estrangeiro e nacional.

 

Às vezes, tais sectores, segundo o Presidente da República (PR) “não se preocupam em ver no que pegam para provocar convulsões sociais no nosso país” pois somente obedecem ao seu desejo ardente de ver o povo moçambicano a viver eternamente na miséria e pobreza. 

Guebuza, que falava há dias, na vila sede do distrito de Macomia, Cabo Delgado, no rescaldo da sua visita de trabalho àquela província, no âmbito da Presidência Aberta e Inclusiva, deixou transparecer que tais sectores que instigam situações que possam degenerar em convulsões sociais estão bem identificados e são aparentemente movidos por agendas que visam inviabilizar o desenvolvimento do país e provocar um ambiente de desunião entre os moçambicanos.

As críticas do PR estenderam-se também a alguma imprensa que, na sua óptica, prefere veicular apenas declarações bombásticas proferidas pela liderança da Renamo e “congela” a publicação de artigos que serviriam para denunciar ou desmascarar aqueles sectores que têm vindo a instigar a ocorrência de convulsões sociais no país.

“Infelizmente, quando se desmascara essas situações e sectores que assim actuam (que promovem convulsões sociais),a nossa imprensa minimiza, mas quando se trata de um discurso espectacular ou bombástico da Renamo, pegam nisso para as páginas do jornal e publicam em parangonas”, lamentou o Chefe do Estado.

Questionado sobre se seria possível uma paz efectiva em Moçambique num contexto em que a Renamo, que detêm até agora o estatuto de maior partido da oposição, mantém sob seu controlo homens armados, o Presidente Guebuza referiu que essa é uma questão que não só preocupa a população civil, como também o Governo. “Mas, a nossa acção visa encontrar uma solução que permita que reine um ambiente de paz no país, mesmo que em relação a um e outro assunto discordemos uns dos outros”.

“Esta é uma situação que não tem de ser encarada com leviandade. Estamos perante um assunto que deve ser visto e tratado com muita seriedade por todas as forças vivas da sociedade moçambicana e, nessa perspectiva, o Governo está a agir no sentido de encontrar uma solução em definitivo para esta problemática. Estamos interessados na preservação da paz e estabilidade para que o povo viva, circule e trabalhe à vontade do Rovuma ao Maputo”, elucidou Guebuza.

No entanto, Guebuza considera que apesar de todo o esforço que o Governo vem empreendendo para garantir a manutenção da paz,  o maior desafio é demover a Renamo e a sua liderança do recurso sistemático a uma retórica agressiva e que às vezes se consubstancia em actos que revelam flagrante atropelo às leis vigentes.

 “Sabemos que a mentalidade belicista no discurso e atitude da Renamo vai continuar” disse Guebuza, acrescentando que é por essa razão que a sociedade civil moçambicana e o povo no geral devem continuar a repudiar veementemente esta maneira de ser e estar do partido da perdiz, porque isso “vai ajudar a diminuir este veneno e vontade de alguns de ver a guerra a eclodir novamente no nosso país”.

Alias, o PR fez questão de dizer que “o Estado moçambicano não aceita e nem vai tolerar” as tentativas de algumas pessoas estabelecerem uma autoridade paralela àquela legalmente reconhecida e existente, “pois todos os nossos actos devem se conformar com a Constituição da República e no respeito ao princípio de Estado de Direito”. 

Guebuza aproveitou a ocasião para fazer duras críticas à postura de “certos sectores” que “praticamente estão do lado das convulsões sociais e não se preocupam às vezes no que pegam para provocar uma convulsão social.

São apologistas das convulsões sociais, porque querem ver o povo moçambicano desgraçado”, disse o PR, tomando os últimos acontecimentos de Muxungué como o exemplo do esforço de tais sectores que chegaram ao extremo de deturpar a dimensão real da situação “só para dar ou criar a impressão de que aquilo que está a acontecer em Muxungué é muito mais do que aquilo que é”.

“Está-se a dar à situação de Muxungué uma dimensão muito maior do que a real por conveniência de certas sensibilidades que não querem ouvir dizer que o nosso país é estável. Querem desencorajar investimentos. Felizmente, o nosso povo confia no seu governo e os investidores tanto nacionais assim como estrangeiros continuam a apostar em Moçambique”, referiu Guebuza.  

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