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Governos preocupados com mortalidade materna

Por admin

Os Governos dos países da Comunidade para o Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) mostram-se preocupados com alto número da mortalidade materna que é registado na região. Mesmo 

assim, de acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Planificação e Desenvolvimento, o nosso país tem conhecido nos últimos tempos a redução de mortes do género.

 

O Relatório apresentado durante a Reunião Ministerial sobre a Conferência Internacional Sobre a População e Desenvolvimento (CIPD), realizada há dias em Maputo, aponta que a região austral regista, mais de oito mil mortes, num período de um ano.

Dentre as causas apontadas para este cenário está a demora da tomada de decisão, por parte das mulheres mesmo com a disponibilidade de transporte, para chegar aos postos de saúde; casamentos prematuros; falta de hospitais ou postos de saúde em algumas comunidades, entre outras.

Ainda de acordo com o relatório da região, para fazer face a esta situação que vem dizimando vidas humanas, é necessário que haja mais esforços, para além daquilo que vem sendo feito, através de programas e medidas nas comunidades tanto nas zonas urbanas, assim como rurais.

Entretanto, dados fornecidos pelo Ministério de Planificação e Desenvolvimento, em relação ao país, indicam que o documento revela que houve redução da mortalidade materna, tendo passando de cerca de 900 mortes em cada cem mil nascidos, num passado recente, para cerca de 408 em cem mil.

O Ministro de Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, referiu igualmente que o país reduziu a taxa de mortalidade infantil, que passou de 128 em cada mil, à entrada de ano 2000, para 64 por mil, que são registados actualmente.

Para aquele Governante, os resultados actuais do país, por um lado, são encorajadores, visto que há um trabalho que está em curso nas comunidades no sentido destas se aproximarem aos postos de saúde durante a gravidez; por outro, mostra-se necessário adquirir mais meios e construir mais postos nas comunidades.

Num outro desenvolvimento, Aiuba Cuereneia falou sobre o emprego, tendo destacado a necessidade de cada país, de acordo com os seus recursos, traçar estratégias ou políticas que permitam que a sociedade local consiga uma ocupação.

“A capacidade de geração de emprego que é gerado a nível governamental não é suficiente, por isso achamos pertinente, a título de exemplo, envolver o sector privado neste desafio. Para o nosso caso, Governo está a apostar no desenvolvimento das pequenas e médias empresas para que estas possam aproveitar as oportunidades que são criadas pelas grandes empresas que vem surgindo nas diferentes partes deste país no fornecimento de bens e serviços”, disse Aiuba Cuereneia que acredita que esta medida vem ajudando muitos moçambicanos a melhorarem as suas vidas.

 

 

Imigração ainda não é preocupação

para o país

 

Nos últimos tempos tem se verificado a entrada de muitos estrangeiros alguns vindos da Europa, outros do norte de África e mais outros dos países vizinhos no nosso país. O relatório da SADC, apresentado durante a conferência de CIPD, refere que muitos países da região estão a perder os seus quadros, por um lado, para as Américas e, por outro, para países do continente africano que oferecem melhores condições de vida.

Trata-se de médicos, professores, engenheiros, que vão deixando os seus países devido às lacunas que estes apresentam.

Contudo, para o ministro moçambicano de Planificação e Desenvolvimento esta não é preocupação para o país, e de alguma forma é uma mais-valia, visto que através destes estrangeiros os moçambicanos aprendem a desenvolver algumas actividades, tanto comerciais, assim como profissionais.

“Temos nossas normas, regras, leis que temos vindo a observar e procuramos, igualmente, coordenar com os países da região. Até um passado recente, o nosso país servia de passagem para países vizinhos, como a África do Sul. Actualmente, Moçambique é destino de muitos que procuram oportunidade de emprego. Com isto temos procurado coordenar com os vizinhos como África do Sul, Botwana, Suazilândia no sentido de definirmos como controlar o movimento”, disse.

O Ministro esclareceu que o país não pode travar a entrada de pessoas, na medida em “ tal como eles que procuram oportunidades por cá, alguns dos nossos compatriotas estão a fazê-los noutros países tanto do continente, assim como fora”.

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