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Polícia destrói machamba de soruma

A Polícia da República de Moçambique (PRM) no distrito de Gondola acaba de destruir na zona de Mpinanhanga, posto administrativo de Amatongas, uma machamba de canabis sativa, vulgo soruma, na qual foram encontradas cerca de 930 plantas desta droga, com mais de dois metros de altura cada.

Em conexão com o caso, um cidadão encontra-se detido e, nos próximos dias, será processado criminalmente para responder pelos seus actos, segundo deu a conhecer a nossa Reportagem o porta-voz do comandante provincial da PRM em Manica, Belmiro Mutadiwa.

Mutadiwa explicou que a descoberta daquele campo de produção de cerca de meio hectar, foi possível graças a denúncias populares, facto que obrigou a corporação a tomar medidas visando destruir a machamba e desmantelar a rede que se dedicava a produção e venda deste estupefaciente.

Júlio Fazenda Nota, de 53 anos de idade, proprietário da referida machamba, disse a jornalistas nas celas do comando distrital da PRM em Gondola, que consome a droga desde 1984, e só em princípios deste ano começou a produzir a soruma na sua própria machamba em elevadas quantidades, destinadas não só ao consumo mas também ao comércio.

Nota explicou que parte desde produto é vendida para o seu ex-patrão que outrora trabalhou em Moçambique e que agora mora na República da Africa do Sul. O comprador, segundo ele, sempre que possível tem se deslocado ao distrito de Gondola a fim de adquirir o produto.

Produzo e vendo para meu antigo patrão. Outra parte é para mim. Fumo desde 1984. Nunca fiz confusão com ninguém. Fumo para trabalhar. Logo pela manhã enrolo um cigarro para trabalhar. Às 12 horas também, e entro na machamba e a noite idem para descansar. Nunca vendi na zona. Quem sabia da minha machamba é somente a minha mãe”, disse aquele Nota.

Informações em nosso poder indicam que para além do distrito de Gondola, a canabis sativa é produzida em grande escala nos distritos de Manica, Mossurize, Sussundenga e Guro. Ainda este ano, três indivíduos foram detidos em Manica por produzir e comercializar a Soruma.

Recorde-se que em 2011, a Polícia da República de Moçambique no distrito de Guro incinerou elevadas quantidades desta droga que era produzida nas margens dum dos rios na zona de Calombolombo.

A soruma de Calombolombo também era vendida a cidadãos de nacionalidade sul-africana e zimbabweana. Devido à intervenção policial, aquela região é hoje livre desta actividade que também era praticada por crianças.

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