Chegaram há dias ao Porto de Maputo, os últimos seis barcos do lote de 24 embarcações encomendadas pela Empresa Moçambicana de Atum (EMATUM).
Assim, já estão no Porto de Maputo, 24 barcos, dos quais 21 de pesca e três arrastões de iscas. Os barcos encomendados pela EMATUM e fabricados num estaleiro na França possuem nomes de espécies de atum. Assim, sete barcos têm nome de Pelamis; sete Alalunga; Sete Albacar; e três arrastões com nome Sardinha.
Com as 24 embarcações em Moçambique, a EMATUM espera poder aumentar a sua capacidade de pesca do atum. Neste momento operam cinco barcos. “A nossa meta é que até Dezembro, todos os 21 barcos de pesca e os três arrastões estejam a operar. O que vai significar a captura de sessenta toneladas por mês, por cada barco”, afirma o Comandante Noa Sanete, Director de Operações da EMATUM.
Entretanto, o Comandante Noa reconhece existirem constrangimentos. “ O nosso maior constragimento são recursos humanos. E como forma de mitigar esse problema temos parcerias com a Escola Náutica e Escola de Pesca. Precisamos de ter mais marinheiros, principalmente os nacionais”.
Neste momento, as embarcações possuem um ou dois estrangeiros cada. “Vamos receber brevemente, operadores uruguaios, mmalgaxes, indonésios e um americano. Enquanto não tivermos os nossos marinheiros, vamos recorrendo aos estrangeiros”.
Depois de formados, os marinheiros precisam de dois a três anos de prática. “Precisamos no mínimo de três a cinco anos para termos completamente os nossos marinheiros a viajarem sozinhos”, explica o Comandante Noa.
A EMATUM está num processo de recrutamento e treinamento de jovens. “Os serviços são muitos e para tal temos de contratar ou tercearizar. Realizamos recentemente o encontro com empresários com objectivo de falar das oportunidades existentes. Precisamos de revendedores do peixe, de empresas de limpeza, de fornecedores de iscas e muito mais”, esclarece o Comandante.