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Cervejas de Moçambique desafiada a usar produtos nacionais

Por admin

O Presidente da República, Filipe Nyusi desafiou a empresa Cervejas de Moçambique a incorporar a maior parte dos factores de produção nacionaise incentive a produção de outras bebidas com base em frutos nacionais.

Este desafio foi lançado pelo Chefe de Estado no quadro das comemorações dos 20 anos de existência da Cervejas de Moçambique assinalados na sexta-feira, ocasião em que o Presidente Nyusi disse também esperar que esta empresa continue a cumprir o seu dever de transmitir informações e mensagens de carácter educativo para o consumo responsável do álcool.

Conforme referiu, o consumo do álcool deve servir “para nos aproximar em ambientes iminentemente sociais e não para a destruição do tecido familiar e social”.

Num outro desenvolvimento, o Chefe de Estado disse que esta empresa deve reflectir sobre os desafios que ainda lhe esperam pela frente num cenário de um mercado cada vez mais competitivo e exigente.

Encorajamos, por isso, a Cervejas de Moçambique a alargar a base de fornecedores locais como forma de valorizar, fazer crescer e ajudar a elevar a qualidade dos seus produtos. Reitero o total apoio do governo às iniciativas de desenvolvimento industrial, em particular, estimulando o incremento de investimentos que possam posicionar Moçambique num lugar de destaque no mapa industrial internacional”, frisou.

Filipe Nyusi referiu-se ainda ao facto de aquela cervejeira nacional estar a orientar os seus esforços para retirar o país da dependência de importações para a obtenção de vários bens de consumo. Na sua óptica, esta é uma conquista alcançada ao longo dos 40 anos de independência nacional.

 “Por isso, neste ciclo de governação a indústria é uma das prioridades, pois permite a transformação estrutural da economia, para a elevação da competitividade e a sua devida inserção no mercado mundial”, sublinhou.

Mais adiante, o Presidente Nyusi deu nota positiva à experiência inovadora de produção da cerveja, com base na mandioca, que iniciou no distrito de Ribáue, na província de Nampula, e expandiu-se hoje a Inharrime na província de Inhambane, com o envolvimento de cerca de sete mil produtores, que permitiu que este produto agrícola nacional pudesse ter um mercado assegurado.

É facto que a produção de cerveja está a gerar mais empreendedores e a contribuir para a substituição gradual de matérias-primas importadas. Essa é uma contribuição inequívoca para o desenvolvimento nacional”, frisou.

Indicou ainda que esta empresa garante Mil e 200 empregos e 150 mil indirectos, mas assiste a um quadro de práticas pouco abonatórias de importação de vinhos e espirituosas que comprometem o desenvolvimento da indústria nacional.

Apesar deste cenário, Tomás Salomão disse que a empresa vai continuar a investir no estabelecimento e consolidação dos seus produtos no mercado nacional e não só e, como prova disso, vai lançar em prevê uma nova bebida não alcoólica denominada “super Maheu”, feita de milho nacional. 

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