A Polícia da República de Moçambique na província de Manica apreendeu, há dias, cerca de 2500 litros de combustível, entre gasolina e diesel incluindo cem sacos de cimento que estavam na rota do contrabandeado para a vizinha República do Zimbabwe, através da fronteira de Machipanda.
O produtos já estava a seguir para Zimbabwe num esquema fraudulento organizado por um grupo de jovens agora foragidos. Em conexão com este caso ainda não há detido. Os contrabandistas colocaram em fuga quando notaram a presença de membros da polícia.
O produto está armazenado no comando distrital da PRM e na delegação provincial das Alfândegas. A recuperação destes bens resulta de uma operação levada a cabo pela Unidade de Força de Protecção em colaboração com o regimento de guarda fronteira naquela região do país.
A operação visa acabar com o comércio ilícito praticado por cidadãos nacionais e zimbabueanos ao longo da linha de fronte entre os dois países. A operação também estende-se até a zona de Inchope, um dos principais entrepostos comerciais da região centro do país, onde cruzam as estradas nacional número um e seis.
No Inchope, a PRM deteve um indivíduo que conduziu uma viatura com elevadas quantidades de diversas bebidas alcoólicas, yogurte, tapetes rolantes, sumos e outros produtos que seguiam com destino a província nortenha do Niassa.
Suspeita-se que a viatura tenha sido roubadas na Republica da África do Sul e a mercadoria não tenha sido declarada as autoridades alfandegárias. Jaimito João, motorista da viatura agora na posse da polícia contou que saiu de Maputo e desconhece as razões que levaram a sua detenção.
Entretanto, o chefe de departamento da relações públicas no comando provincial da PRM em Manica, Leonardo Colher, explico que na operação na fronteira , para além de combustível de cimento, foram aprendidas elevadas quantidades de refrigerantes, fardos de roupa e sapato segunda mão e duas viaturas que eram usada para transporte de mercadoria.
Os donos da mercadoria puseram se em fuga quando viram a polícia. A apreensão deste produto resulta de uma série de operações que temos vindo a fazer na linha de fronteira. Este trabalho vai continuar porque pretendemos travar de contrabando de mercadoria ao longo da fronteira, disse Leonardo Colher.
Explicou que maior parte dos produtos são levados para Zimbabwe. O combustível é retirado dos camiões de longo curso. Fazem esse negócio nas noites. Pretendemos combater essa actividade. As pessoas devem usar vias legais pagando todas as obrigações ficaisimpostas pelo Estado obedecendo todos trâmites exigidos por lei, ressalvou Colher.
O chefe das operações assegura que trabalhos estão em curso para neutralizar os proprietários da mercadoria e os transportadores. Temos alguns documentos que encontramos nas viaturas. Isso poderá ajudar-nos a localizar esses indivíduos, sublinhou
Em relação ao motorista detido no cruzamento de Inchope, Colher disse que a corporação recebeu denúncias sobre a sida ilegal da mercadoria e a própria viatura.
Prendemos a viatura e o próprio motorista. Do trabalho que fizemos suspeita-se que a camioneta foi roubada na África do Sul com recurso a arma de fogo. Ainda estamos a trabalhar com as autoridades daquele país vizinho para aferir a verdade dos factos. Também vimos que o produto não foi declarado nas Alfandegas. Isso mostra que estamos perante uma situação de fuga ao fisco, esclareceu Colher, tendo referido que a viatura apresenta uma matrícula viciada.
Recorde-se que no mês passado, na zona de Caphiridzange, a venda ilegal de combustível retirado nos camiões provocou uma explosão dum camião cisterna que fez mais de cem mortos e dezenas de feridos. É olhando para este desastre que ceifou vidas que o governo decidiu apertar o cerco contra venda ilegal de combustível principalmente na via pública.
