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A democracia não se constrói com ameaças

Por admin

A Chefe da bancada parlamentar da Frelimo, Margarida Talapa repudiou, há dias, no Parlamento, os últimos pronunciamentos da Renamo segundo os quais irá inviabilizar a realização das eleições 

autárquicas. É que para Talapa “a democracia não se coaduna e nem se constrói com ameaças e muito menos intimidações aos cidadãos” mas avisou que “com ou sem a Renamo as eleições autárquicas terão lugar a 20 de Novembro próximo”, conforme o preconizado no calendário eleitoral ora divulgado pelos órgãos competentes.

 

 

Margarida Talapa fez este pronunciamento durante a audiência que concedeu, há dias, a uma delegação do Parlamento Juvenil (PJ), a pedido destes últimos, e que visava entregar o que intitulam de “Manifesto Politico da Juventude” com vista às eleições autárquicas deste ano e gerais e provinciais de 2014.

Com ou sem ameaças, de quem quer que seja, a Frelimo vai participar nas eleições autárquicas deste ano e nas gerais e provinciais de 2014”,palavras de Talapa, respondendo a uma questão do PJ sobre qual é o posicionamento politico do partido no poder face às constantes ameaças da Renamo de não participar e inviabilizar as eleições que se avizinham.

Na mesma ocasião, Talapa clarificou que apesar de a questão ter sido colocada à chefia da bancada e não à liderança do partido, a posição da Frelimo nesta matéria é pública e várias vezes tem sido reiterada pelo respectivo Presidente do partido, Armando Emílio Guebuza.

Segundo explicou, a mesma é no sentido de que todos moçambicanos devem participar nos processos de fortalecimento da democracia e de desenvolvimento do país, até porque, “A Frelimo sabe que a democracia não se constrói sozinha mas com a intervenção e participação de todos os sectores da sociedade, nomeadamente, organizações da sociedade civil, partidos políticos e demais interessados”.

“Por outro lado, a democracia não se constrói com ameaças. Vocês, Parlamento Juvenil, deveriam confrontar a quem fez estas ameaças para se saber o que realmente querem. Nós (Frelimo) nunca fizemos ameaças. Somos pela inclusão, pelo diálogo e pela preservação da paz”,sublinhou a parlamentar.

Num outro momento, Talapa fez questão de tecer breves considerações sobre o historial da Frelimo, desde a sua fundação até aos dias de hoje, onde destacou a participação da juventude na criação da Frente de Libertação do Moçambique (FRELIMO), na independência nacional e nos primeiros anos de governação.

Neste contexto, sossegou os membros do PJ que, de entre outros pedidos, solicitavam à bancada da Frelimo, assegurar espaço nos diversos órgãos do partido e Estado para serem ocupados por jovens, na ordem dos 50 por cento.

“A Frelimo sempre deu um espaço privilegiado aos jovens. Nos nossos órgãos do partido, a Frelimo reserva sempre uma quota mínima de 20 por cento para os jovens. Isso também se reflecte na composição do Governo e da nossa bancada, onde 41 dos 191 deputados são jovens”,disse Margarida Talapa.  

Acrescentou que a ideia defendida por aquele grupo, dever ser transmitida sobretudo aos outros actores políticos de modo a que possam trazer propostas políticas mais arrojadas.“Nós, Frelimo, já estamos a fazer a nossa parte, temos jovens no Conselho de Ministros e outros órgãos, incluindo governadores provinciais, como por exemplo, a governadora da província de Nampula”.

Dos vários aspectos levantados no referido manifesto, consta a criação de mais emprego para jovens, maior acesso à habitação, água, cuidados de saúde, para além de uma maior participação na vida politica nacional.

O documento, de mais de 20 páginas, está dividido em diversos capítulos, versando cada um sobre um tema específico, dos mencionados anteriormente e também já foi entregue às bancadas da Renamo e do grupo parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique. 

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