Comemorou-se, ontem, o 1 de Junho, Dia Internacional da Criança, num mundo marcado por violência e graves atropelos à Declaração Universal dos Direitos da Criança, promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 1959.
O Direito à protecção e à educação, que permitem desenvolver as aptidões e a individualidade, vêm de forma grave sendo cerceados.
Este convite à reflexão e a uma tomada de medidas é, então, feito tendo em conta que, em determinadas sociedades, se assiste a uma compactação da fase infantil, ao ser censurada a sensibilidade, que lhe é peculiar, e o tratamento especial, que lhe é reservado.
Há um distanciamento em relação ao plasmado, o que contraria as transformações iniciadas no século XX, que vem colocando a infância como uma questão central para a sociedade.
Em Moçambique, dados apresentados pelo Ministério do Género, Criança e Acção Social indicam a existência de menores aliciados por adultos a abandonar a escola e dedicar-se ao trabalho infantil, distribuindo-se, sobretudo, pelo comércio informal, com maior incidência nas cidades de Maputo e Beira.
A pobreza é muitas apontada como o factor principal para a sua exploração. Ela constituiu-se num imperativo que demove alguns membros da sociedade da luz que orienta para o bem-estar social, material e mental: a alfabetização.