Editorial

Escassez de sangue nos hospitais

O Governo expressa preocupação com o decrescimento do número de doações de sangue no país. No primeiro semestre do ano passado, foram colhidas e testadas 56.434 unidades de sangue, contra 63.308 de igual período de 2020, o que representa uma redução de 10,8 por cento.

O cenário actual mantém-se pouco animador. Trata-se de uma redução sintomática que pode ser explicada pelas sucessivas vagas da covid-19 no país. Contudo, não é menos verdade que tem vindo a reduzir a quantidade de dadores voluntários no país, o que nos devia preocupar.

Vejamos isto: uma única doação de sangue salva até três vidas (ler texto nas páginas 12 e 13 da presente edição). Apelamos para que a sociedade se mobilize ao encontro de um maior compromisso na resposta a dar a quem está entre a vida e a morte. Tal comprometimento não deve depender apenas das campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde (MISAU).

Deve assentar na consciência e no dever de TODOS na busca de um “stock” de sangue que vá ao encontro das necessidades imediatas e futuras. Devemos rimar a solidariedade com a fraternidade, reduzindo o risco de morte de quem na unidade sanitária depende, e muito, do nosso gesto.

Devemos perceber que as doações devem ser feitas durante o ano e não apenas em datas específicas. Acreditamos que somente desta forma é possível manter os “stocks” de sangue bem abastecidos todos os meses.

É vital esta percepção e, acima de tudo, este compromisso humanitário, porque os “stocks” dos bancos de sangue de todo o país precisam de estar constantemente abastecidos para atender tanto quem estiver em situação de emergência (após um acidente, por exemplo), quanto para quem necessita de sangue com frequência (pacientes internados ou em tratamento de longo período) e ainda para cirurgias. Leia mais…

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