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Celebrando o 25

Por admin

Este ano, para nós, o 25 de Setembro é marcado por duas celebrações importantes: os 51 anos do desencadeamento da luta armada de libertação nacional e os 34 anos do Jornal Domingo.

 Com efeito, foi a 25 de Setembro de 1964 que foi disparado o primeiro tiro para o início da insurreição geral armada no país e foi a 25 de Setembro de 1981, que nasceu o Jornal Domingo.

Sobre os 51 anos do desencadeamento da luta armada, em mensagem dirigida às Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), o Presidente Filipe Jacinto Nyusi sublinha que “neste dia exaltamos e homenageamos a herocidade e sacrificio dos jovens da Geração de 25 de Setembro que imbuídos de amor pela pátria e desejo de liberdade, desencadearam a 25 de Setembro de 1964, a luta contra o regime colonial português”.

Quero, em nome de todos os moçambicanos, prestar uma singela e merecida homenagem a todos os membros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique”, afirma o Presidente e acrescenta: “hoje, as nossas Forças Armadas de Defesa de Moçambique, herdeiras do heroismo dos jovens de 25 de Setembro e ainda na sina heróica do povo moçambicano, são chamadas a continuarem a valorizar o seu legado, cultivando a Unidade Nacional, defendendo a paz, soberania e integridade territorial do nosso país, com elevado nível de profissionalismo, lealdade, zelo e dedicação”.

É que, como já o dissemos e voltamos a sublinhá-lo agora, as Forças Armadas de Moçambique surgiram da necessidade de libertar o nosso povo do jugo colonial, cujo sistema, na sua cegueira, recusava toda e qualquer espécie de diálogo. As Forças Populares de Libertação de Moçambique (FPLM) foram o instrumento avançado da política de insurreição armada, nascidas em 25 de Setembro, depois de longo tempo de incubação

Conquistada a independência do colonizador, tiveram as FPLM de fazer face, imediatamente, aos inimigos da nossa identidade nacional, nossos vizinhos geográficos, que desencadearam uma guerra cruel de desestabilização, quer por conta própria, quer servindo-se de moçambicanos agrupados no MNR (Movimento Nacional de Resistência), que, com os tempos, veio a evoluir para a Renamo, hoje um partido armado, mas integrado no nosso ordenamento constitucional.

Foram longos anos de sacrifício e combate em prol da unidade nacional, contra o racismo, contra o tribalismo, pela dignidade do homem moçambicano.

Co a introdução do multipartidarismo, as Forças Armadas de Moçambique, sem perderem o espírito que as fez nascer, enquadraram-se em novos parâmetros ao serviço do Estado democrático, tendo como comandante-em-chefe o Presidente da República e enquadradas em estrutura definida na Constituição aprovada por consenso na Assembleia da República.  Com órgãos próprios e estrutura hierárquica idêntica à de todas as outras forças armadas em países democráticos.

A sua política, hoje, é seguir os ditames que o Estado para elas traçou através da lei. Servir o país dentro da sua missão específica confinada à defesa. Defesa que não se esgota no serviço militar em tanto que tal. Defesa significa, igualmente, pôr-se ao serviço da nação em missões que reclamam o desenvolvimento das populações.

Domingofaz 34 anos

Nesta data o domingotambém faz anos. 34. Ao relermos o seu primeiro número, deparámos com uma tónica de compromisso com o desenvolvimento do povo, desenvolvimento fundado na verdade, com a convicção de que só a verdade é que liberta. Mudaram-se os tempos e as circunstâncias, mas a vontade de defender o povo através da informação continuou a ser a tónica desta casa em que se concebe a informação como um acto de cultura, sendo a cultura aquilo nos faz crescer por dentro.

Como sempre realçamos quando chega esta data do nosso aniversário, a pessoa humana é para nós o supremo valor, radicalmente igual, sujeita de direitos e de obrigações. Reprovamos a confrontação violenta como forma de resolver contenciosos, lutamos pela transparência dos negócios, em especial dos negócios públicos, denunciamos a arbitrariedade, a discriminação e a corrupção. Pugnamos por um Estado de Direito onde quem manda é a lei. Nada daquilo que é humano nos é indiferente.

Pretendemos continuar a fazer um jornalismo de qualidade, avesso ao sensacionalismo mórbido e à intriga. Um jornalismo que se paute pela ética e pela deontologia universalmente admitida. Um jornalismo de quem não deve, não teme. Corajoso sempre que necessário, subordinado ao lema “a verdade acima de tudo”. Custe o que custar.

 Um jornalismo que prime pela investigação aprofundada das estórias que se desenrolam em todos os quadrantes da vida.

 Nós nos pugnamos pelo homem livre, sabendo que o primeiro pressuposto da liberdade reside na informação. Quando se quer escravizar um povo, começa por se lhe esconder a informação, porque só nos determinamos em função daquilo que conhecemos.

Bem hajam as Forças Armadas e bem haja o Jornal Domingo.

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