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Licenciados 400 novos operadores

Um total de 400 novos operadores do serviço de transporte público foi licenciado pelo Conselho Municipal de Maputo desde que entraram em vigor as novas tarifas, há sensivelmente cinco 

meses.

Segundo deu a conhecer o vereador de Transporte e Trânsito do Conselho Municipal de Maputo, João Matlhombe, o licenciamento daqueles operadores representa o “reanimar” do sector privado, face à revisão e entrada em vigor das novas tarifas.

Recorde-se que na sua fundamentação, o Executivo defendia que o estabelecimento de novas tarifas iria contribuir para reanimar o sector dos transportes, uma vez que os operadores queixavam-se da falta de rentabilidade do serviço.

Tal como disse Matlhombe, no decorrer da sessão da Assembleia Municipal, realizada na semana passada, em apenas cinco meses de aplicação das novas tarifas verificou-se uma “reanimação” do sector privado, tendo-se começado a investir naquele serviço, facto que se traduz pelo licenciamento de novos operadores.

Falando especificadamente do impacto das tarifas para a Empresa Municipal de Transportes Público de Maputo (EMTPM), o vereador Matlhombe disse que, embora os números ainda não sejam satisfatórios, tendo em conta a demanda actual do público utente, a entrada em vigor das mesmas veio contribuir de forma decisiva para evitar a deterioração total do sistema de transporte na autarquia.

Matlhombe acrescentou que se verificou, no período de cinco meses, melhorias ao nível da Empresa Municipal de Transportes, traduzido num aumento nas vendas, o que permite a resolução gradual dos problemas relacionados com a aquisição de peças e sobressalentes para fazer uma manutenção preventiva.

“As receitas arrecadadas com a nova tarifa permitem, em média, fazer a provisão de peças e sobressalentes para dois meses, o que não era possível antes”, explicou.

 

OS CONGESTIONAMENTOS

 

Os congestionamentos de tráfego que vão pondo muita gente com os “cabelos de pé” na cidade de Maputo foram referidos por João Matlhombe como estando na origem dos constrangimentos operacionais para a Empresa Municipal de Transportes.

Tal como referiu, uma análise feita do comportamento dos indicadores de produção nos cinco meses em que vigora a nova tarifa, comparativamente a igual período dos últimos anos, constatou-se que o impacto teria sido maior se não fosse os problemas de congestionamento que se verificam nos últimos meses nas cidades de Maputo e da Matola.

A título de exemplo, Matlhombe disse que o congestionamento diminuiu de forma significativa as viagens diárias que cada autocarro realizava antes, até atingir perdas de cerca de 27 por cento dos percursos programados. As perdas atrás referidas correspondem a 111.157 viagens não realizadas nos últimos cinco meses só ao nível da Empresa Municipal de Transportes.

“A nova tarifa ajudou a empresa a prosseguir com alguma normalidade as suas actividades, evitando que pudesse acontecer o pior. De um modo geral, a avaliação do impacto da entrada em vigor da nova tarifa é positiva, tendo em conta que continuamos a registar a entrada de novos operadores e a melhoria gradual da actividade de transporte no Município”, frisou.

Actualmente, a Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo possui uma frota operacional de 230 viaturas, estando uma média diária de 120 autocarros para as diferentes zonas.

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