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Salvador Namburete distinguido em Viena

Por admin

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) distinguiu, semana finda, em Viena, Áustria, o Ministro da Energia, Salvador Namburete, com o prémio “The Pretroleum Industry Awardy 2014”, em reconhecimento aos esforços que têm sido levados a cabo pelo Governo de Moçambique e pelo Ministro de Energia, em particular, com vista a impulsionar o sector da energia e petróleo no país.

Outro factor que contribuiu para este prémio é o compromisso do Ministro da Energia em ver criadas condições para que se construa um futuro energético sustentável para o país, em geral, e para a região da África Austral.

Aliás, o Programa Quinquenal do Governo (2010-2014) atribui à energia um papel vital na melhoria das condições de vida dos moçambicanos, na dinamização das actividades de produtivas e de geração de rendimento. Dai que se tornou possível passar de 51 sedes distritais, em 2013, devendo ser concluída a ligação de todos os distritos até finais deste ano. A taxa de acesso passou de sete por cento em 2004 para 40 por cento, correspondendo a 10 milhões de moçambicanos com acesso à energia em todo o país.

Enquanto isso, as fontes de energias novas e renováveis beneficiam, actualmente, mais de 3.6 milhões de moçambicanos com energia eléctica permanente e de boa qualidade, correspondente a cerca de 14 por cento, iluminando escolas, centros de saúde e edifícios públicos em diversas vilas e povoações a nível das zonas rurais do país.

Refira-se que o prémio em causa foi instituído no ano passado e surgiu para distinguir personalidades e instituições que se destacam no sector da energia e do petróleo.

Concorrem para o reconhecimento do governo moçambicano, entre outros, o sucesso alcançado na concretização do projecto de Gás natural à cidade de Maputo e Marracuene cuja negociação para o fornecimento aos chamados grandes consumidores, nomeadamente, indústrias, comércio e serviços se encontra na fase final, segundo fontes seguras, sendo que as bombas da Petromoc localizadas no bairro do Jardim já estão a fornecer o produto aos consumidores.

O projecto de distribuição de gás para Maputo e Marracuene conta com um investimento orçado em 38.2 milhões de dólares americanos, sendo que a primeira fase do projecto consistiu na construção de um gasoduto de alta pressão, com 11km, a partir do Parque Industrial de Beluluane, na província de Maputo, até a zona da antiga SONEFE.

O projecto lançado em Março do ano passado, visa acrescentar valor aos recursos naturais através da distribuição e comercialização de hidrocarbonetos, e está inserido no Programa Quinquenal do Governo para 2010-2014, como uma das acções prioritárias para redução de importação de combustíveis.

Paralelamente a este propósito, o governo tem apostado igualmente no Gás como uma alternativa a produção de energia eléctrica. A título de exemplo, o Chefe de Estado, Armando Guebuza, inaugurou recentemente a linha que transporta energia eléctrica até a vila-sede do distrito de Mabote que é alimentada pelo Centro de Processamento de Gás Natural em Temane, distrito de Inhassoro, passando pelas povoações de Pambara e Mapinhane (distrito de Vilankulo) numa extensão de pouco mais de 150 quilómetros.

Por outro lado, o ministro da Energia, Salvador Namburete, em representação do governo moçambicano, e o consórcio constituído pela Vale (Brasil), Acwapower (Arabia Saudita), Whatana (Moçambique) e a Mitsui (Japão) assinaram recentemente o contracto para construção da Central Termoeléctrica a carvão de Moatize.

O empreendimento, que estará operacional dentro de três anos, terá uma capacidade de produção de 600 megawatts a ser implementada em duas fases de 300 megawatts cada e a produção de energia será feita a partir do carvão residual (que não tem qualidade para exportação), sendo entre 200 e 250 MW para as necessidades energéticas da Vale e entre 50 a 100 para Electricidade de Moçambique (EDM) meter na rede nacional.

Avaliado em um bilião de dólares, espera-se que com a implementação deste projecto haja uma maior disponibilidade de energia para suprir o défice energético. Na fase de construção deverão ser abertos 1250 empregos, dos quais 120 permanecerão na fase de operação.

 

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