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Necessárias mais estratégias para assegurar crescimento económico

Por admin

Os níveis de pobreza no país, sobretudo nas zonas rurais, continuam elevados. Este facto levou a Ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, a convidar os administradores 

distritais, directores de diferentes departamentos, entre outras entidades a estudarem novos mecanismos, tais como o uso de recursos locais, para fazer face a esta situação.

A Ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, falava durante a III Reunião Nacional de Desenvolvimento Rural que terminou, ontem, em Jangamo, província de Inhambane.

A situação da pobreza preocupa o Governo desde que o país ficou independente e, como forma de ultrapassar este problema, em 2007, o Conselho de Ministro aprovou a Estratégia de Desenvolvimento Rural, que consiste, entre vários objectivos, em promover a competitividade, produtividade e acumulação de riqueza.

Para a implementação da estratégia foram igualmente aprovados vários planos, de entre eles a alocação de um fundo em cada distrito, para além da descentralização de algumas competências do Governo central, já que se acredita que essa acção pode permitir que os governos provinciais, assim como os distritais escolham áreas estratégicas que possam contribuir para o crescimento económico local.

Entretanto, as estatísticas actuais indicam que 54.7 por cento da população moçambicana vive abaixo da pobreza. O fenómeno faz-se sentir em grande medida nas zonas rurais, onde afecta cerca de 55.3 por cento.

Esta situação agrava-se pelo facto de as fontes de rendimento, como é o caso da agricultura, ainda não estarem a contribuir no crescimento económico como devia ser.

A falta de vias de acesso que facilitariam o escoamento da produção agrícola faz com que a agricultura não esteja a dar um contributo significativo. Ajunta-se a esse facto a falta de meios de conservação.

Por este motivo, a Ministra de Administração Estatal, Carmelita Namashulua, chama a atenção das autoridades no sentido de redobrarem esforços para conferir às lideranças locais e as suas comunidades, capacidades que lhes permitam apropriar-se cada vez mais de todos os processos de desenvolvimento, através da fortificação das suas bases sociais e económicas.

 

ESTAMOS NUM BOM CAMINHO

 

Em conversa com administradores de vários distritos do país, referiram que há já sinais de melhorias de condições de vida nas suas zonas de jurisdição. Neste momento, estão em curso projectos de electrificação a partir de Cahora Bassa, bem como a construção de escolas e postos de saúde e ainda a abertura de vias de acesso.

O administrador de Manica, Carlos Malia Mutare, falando das suas realizações, referiu que no âmbito da Estratégia de Desenvolvimento Rural foi electrificado um total de quatro postos administrativos e oito localidades do distrito. Neste momento, apenas duas localidades, nomeadamente, Mavonda e Chinhambuze, é que usam painéis solares.

“Estamos a trabalhar de forma a aumentar o número de centros de saúde. Neste momento, três postos administrativos e uma localidade têm unidades, mas sentimos que este número ainda não é suficiente para responder à demanda”, disse.

Por sua vez, o administrador de Malema, Dauda Mussa, falando das actividades em curso no seu distrito, referiu que uma das recomendações deixadas às comunidades foi a produção de tijolo queimado para construção de novas escolas, tendo ficado para o Governo local a missão de disponibilizar chapas de zinco para cobertura.

Com efeito, foram construídas três escolas primárias em diferentes bairros e uma escola secundária, esta, no posto administrativo de Mutuale.

Ainda no rol das actividades inseridas no plano de Desenvolvimento Rural oito centros de saúde já se encontram em funcionamento, contra um que operava até um passado recente. Serão construídos ainda mais centros, concretamente, no Posto-sede de Malema, localidades de Nioce e na comunidade de Morrumba, sendo que o arranque das obras está previsto para o ano de 2014.

Enquanto isso, a localidade de Niona continua sem um centro de saúde. Os doentes daquela comunidade são tratados em Mutuale, que dista a cerca de 50 quilómetros. Para conseguirem cuidados médicos recorrem ao centro de saúde de Naua, província de Niassa. “Continuamos preocupados com a falta de unidade de saúde. Até porque precisaríamos de pelo menos 15 centros para atender a cerca de 164 mil habitantes do distrito”, disse Dauda Mussa

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