TEXTO DE IDNÓRCIO MUCHANGA E HERCÍLIA MARRENGULE
O Governo está a idealizar, para breve, a construção de vias que permitam acesso alternativo aos portos dos principais corredores nacionais de desenvolvimento, nomeadamente Maputo, Beira e Nacala, de modo a responderem à demanda e, também, descongestionar as estradas.
A iniciativa surge na sequência da crescente procura, nos últimos anos, dos serviços portuários nacionais por operadores regionais que buscam opções face à pressão sobre outros portos, sobretudo, de Dar-es-Salaam, Durban e Richards Bay, na Tanzania e África do Sul, respectivamente.
Segundo o ministro de Transporte e Logística, João Matlombe, que respondia às inquietações dos empresários, em Maputo, durante a XX edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), no painel sobre Infra-estruturas de Transporte e Logística para Dinamizar a Actividade Económica, estão em curso negociações com a concessionária da Estrada Nacional Número 4 (EN4) para a construção de uma estrada opcional dedicada apenas ao transporte de carga para o Porto de Maputo, por forma a aliviar o tráfego e dinamizar os serviços portuários.
A mesma premissa será aplicada ao Porto da Beira, para responder ao congestionamento ao longo da Estrada Nacional Número 6 (EN6), à entrada no centro da cidade.
Para o efeito, está em avaliação, a curto prazo, um mecanismo para melhorar a transitabilidade naquele corredor e impulsionar o fluxo do transporte de carga.
Tenciona-se, igualmente, a construção de porto seco no distrito de Dondo, em Sofala, para descongestionar o da Beira e garantir serviços portuários competitivos para permitir que os camiões se façam ao local já com o desalfandegamento concluído.
“Para a construção da estrada alternativa e de porto seco, precisaria-se, em média, de 100 milhões de Dólares, pelo que se convida o sector privado a investir”, refere a fonte. Leia mais…

