Segundo o estudo revelado pelo Secretariado da SADC, as exigências em termos de energia do Malawi têm vindo a crescer rapidamente, sendo que o número de consumidores aumentou em
cerca de 41 por cento, com uma subida média, no consumo total, de cerca de 18 por cento. Enquanto isso, a capacidade instalada de geração de energia é de cerca de 287 megawatts, dos quais estarão disponíveis, até o final de 2013, pouco mais de 267 megawatts.
Para enfrentar estas dificuldades o governo malawiano e de Moçambique estão a empreender o projecto de interligação dos dois países, cujos objectivos estratégicos incluem melhorar a segurança e a confiança nos sistemas de abastecimento de energia e aumentar o acesso aos serviços modernos de fornecimento de energia.
A interligação vai garantir uma fonte mais fiável de electricidade caso o Rio Chire, responsável pela produção de 98 por cento da energia de Malawi, volte a secar como aconteceu entre 1914 e 1935. Outros benefícios incluem a possibilidade de acesso à electricidade mais barata e o aumento das actividades do sector de mineração, que são actualmente dificultadas pelo fornecimento inadequado de energia eléctrica.
O projecto de interligação implicará a construção de 220 quilómetros de guarda de linha aérea de Alta Tensão com fibras ópticas incorporadas desde a subestação de Matambo, em Moçambique, até à subestação de Phombeya, no Malawi.
Estima-se que o projecto esteja orçado em pouco mais de 82 milhões de dólares americanos, que vai incluir uma linha de transmissão de circuito duplo, melhoramentos nas subestações de Phombeya e Matambo, projectos de engenharia e supervisão da linha de transmissão, pesquisa e outros estudos, equipamento para melhorar a manutenção e operação, despesas de reassentamento e compensação, licenciamento, entre outros.
