O Ministro da Ciência e Tecnologia, Louis Pelembe, mostrou insatisfação em relação ao estágio de evolução das actividades de produção desenvolvidas no Centro de Investigação e Transferência
de Tecnologias Agrárias do Umbeluzi (CITTAU), localizado no Distrito de Boane, Maputo.
Numa visita efectuada recentemente àquele estabelecimento, o ministro manifestou o seu descontentamento em relação à actual produtividade do CITTAU, assente no aproveitamento de cerca de 18 variedades de plantações chinesas, designadamente para culturas de arroz, pepino, algodão, beringela, gergelim, tomate, feijão, milho, dentre outras.
“Não estou satisfeito com a produção. Quando efectuamos a nossa primeira visita em 2012, uma das grandes recomendações que deixamos foi que se devia apostar muito nas nossas variedades, mas vejo que não foram e nem estão a ser cumpridos esses objectivos, ” disse o ministro.
Para Pelembe, é preciso que se faça um plano concreto daquilo que se pretende, e criticou o facto de o centro continuar a apostar sobretudo nas variedades chinesas, subestimando as nacionais.
“É mais fácil e barato para a população lidar com produtos nacionais.Não quero com isso dizer que estou contra a produção de variedades chinesas, apenas gostaria que nesse espaço abundassem mais culturas moçambicanas”, explicou.
Financiada pelo Governo da República Popular da China, o CITTAU é uma instituição que se dedica à investigação científica na área de agricultura, formação, produção e transferência de tecnologias, visando o incremento mais efectivo do rendimento e da produtividade agrícola.
O centro ocupa uma área de 52 hectares, dispondo de campos para experimentação e produção agrícola; sistema de irrigação, bem como espaço para a produção animal. Possui, também, escritórios para administração, salas para formação, laboratórios e residências para investigadores técnicos, formandos, entre outros.
