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IPEME continua a divulgar soluções de financiamento

Por admin

Texto de Angelina Mahumane e Fotos de Arquivo

O Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas(IPEME) está a implementar várias acções com vista à promoção e fortalecimento das Micro, Pequenas e Médias Empresas(MPME’s), atráves de serviços de assistência.

No apoio a esse grupo de empresas, o IPEME  concebeu a MOZNEGÓCIOS que é uma plataforma  e um serviço da instituição onde, dentre várias acções, está enquadrada aconferência “Conheça e use financiamento PME”,queéum fórume serviço de especialidade alicerçado no lema “ Buscando soluções de negócios vs investir com segurança” que já vai na sua 4ª edição.

domingosoube que com o certame, aquela instituição pretende, de forma combinada, expor produtos e serviços de financiamento às Pequenas e Médias Empresas e cuja abordagem é o acesso aos diversos programas de financiamento às Micro, Pequenas e Médias Empresas nacionais, como forma de alavancar os seus negócios.

Aliás, um dos principais problemas enfrentados pelas PME’s está ligado às dificuldades de acesso ao crédito devido ao desconhecimento das oportunidades de financiamento existentes; à complexidade de procedimentos exigidos; aos problemas colaterais proibitivos, nomeadamente, garantias reais, carências estruturais, como é o caso da preparação e idoneidade empresarial, e às elevadas taxas de juros praticadas pelos bancos comerciais.

Entretanto, dados em nosso poder indicam que dentro de dias, o IPEME vai realizar a quarta edição e tem como lema:“Programas de financiamento externos para o sucesso do seu negócio” e a conferência contará com a presença de membros do Governo, associações do sector produtivo, PME’s, empreendedores, empresários, académicos, instituições de apoio ao negócio e investimento, entre outros.

O evento visa, entre outros objectivos, divulgar e facilitar as oportunidades e facilidades de financiamento existentes para PME’s, expor produtos e serviços financeiros dos fundos para este grupo, e discutir, sistematizar e propor medidas para melhoria e facilitação do acesso ao financiamento dos fundos existentes.

De salientar que no passado mês de Abril, o IPEME realizou na cidade de Tete a terceira edição da conferência “Conheca e Use Financiamento PME”, que tinha como objectivo informar sobre os produtos financeiros existentes no mercado moçambicano.

O certame de Tete contou com a presença de mais de 60 participantes. Foram assistidas 20 Micro, Pequenas e Médias Empresas e apresentadas mais de três soluções de financiamento PME, nomeamente, o “Mecanismo de Subsídios Empresarias (MESE)”, o “Programa de Relançamento do Sector Privado Fase II” da Unidade de Gestão de Programas e Fundo de Apoio a Iniciativas Juvenis (FAIJ) do governo de Moçambique.

Por sua vez, o público, constituído por empresários e empreendedores, fez-se ao local, e do rol das preocupações apresentadas destacou-se a necessidade de conhecer como fazer com que as taxas de juros aplicadas pelas instituições de micro finanças seja reduzidas e mais facilidades nas soluções públicas de financiamento e também como o IPEME pode minimizar a complexidade da ausência de garantias.

IPEME é uma escola

– Ludovino Nhacudime

domingoouviu gestores de PME´s que receberam apoio do IPEME. Um deles foi oda Bedalud Construções e Serviços, Ludovino Nhacudime, que garantiu que aquela instituição foi uma escola, sobretudo no que toca à forma de avançar para um plano de criação de um negócio para indivíduos que nunca tinham feito negócios. Em geral, estes aspectos dificultam o empresariado. As empresas têm que passar pelo IPEME, pois os conhecimentos adquirem-se todos os dias e em todos os lugares.

Com a ajuda foi fácil perceber o que é um Plano de Negócios, compreender o mundo de negócios, o que são clientes, mercado, entre outros. A formação e educação que o IPEME forneceu mudou a ideia que tinha em relação ao mercado nacional, a comunicação melhorou, o meu negócio está a crescer a olhos vistos”.

Conforme ficamos a saber de Nhacudime, aquela empresa é dedicada à construção civil e actividades de consultorias em arquitectura e engenharia civil. Até ao momento, ainda não precisou de financiamento bancário desde que começou a operar há cerca de quatro meses usa fundos próprios. “Dentro de alguns anos gostaríamos de crescer. Quando pegamos uma empresa de construção civil em Moçambique já existem referências que são aquelas que estão no mercado há mais tempo. Espero que a minha empresa também atinja esses patamares”.

Acrescentou que para conseguir nunca esteve numa situação de precisar da ajuda de outras empresas ligadas a construção civil para conseguir se enquadrar no mercado. Em geral, o material que a empresa usa é comprado em Moçambique, apesar de vir de fora.

A empresa está em Maputo, Matola, sendo que a partir de Novembro vai se expandir para Pemba, Tete, Beira e Nampula. “Há mercado em Moçambique é só saber se posicionar. As pessoas conhecem-me e eu as conheço, é uma questão de bater as portas certas. Tem que saber estar e ser. Se é pequeno saber ficar com o pequeno, se é grande saber estar com o grande. Tem que saber se enquadrar, caso contrário a empresa acaba se atrapalhando”.

Refira-se que Ludovino Nhacudime trabalhou numa empresa de construção civil durante 15 anos, na administração. É formado em Gestão Ambiental. “ Vi que tinha uma ligação com construção civil e eu tinha bons conhecimentos em administração e o meu sócio é um engenheiro civil”.

Pensávamos que o projecto estivesse certo

– Celestina Chavite, Farmácia Aloevera

Celestina Chavite, dona da farmácia Aloevera, localizado no Bairro Costa do Sol, contou ao nosso jornal que foi ao IPEME à procura de financiamento para concluir as obras, mas assim que chegou soube que não ajudavam em dinheiro.

O IPEME refez o meu projecto e mandaram os bancos comerciais para ver se conseguia financiamento. Foi difícil porque os bancos só aceitavam financiar para quem já iniciou a actividade, enquanto o meu estabelecimento ainda estava em obras”, disse Celestina Chavite, para depois acrescentar que os bancos queriam conhecer a sua idade, local do trabalho e detalhes do salário que aufere. “Como funcionária pública o meu salário não dava para cobrir o empréstimo. A idade também foi um factor contra”.

Segundo conta a nossa interlocutora, apesar das respostas negativas não desistiram. “Sempre que os resultados com os bancos eram desfavoráveis regressava ao IPEME que me mandava para outro. Até que com ajuda do meu marido conseguimos concluir as obras e começamos a operar. Recebemos também apoio com formações sobre como iniciar a actividade, como fazer a gestão, entre outros”.

A fase que se seguiu depois da construção foi meter alguns medicamentos também com fundos próprios, só depois é que conseguimos financiamento bancário.

Celestina ressaltou que a zona tem fraco movimento, daí que o resultado ainda não é aquele que se esperava, “estamos localizados numa zona com pouca população e os resultados ainda não são os esperados, mas aos poucos caminhamos para lá. Esta estrutura tem continuação para cima, em baixo queremos fazer um consultório médico”.

 

 

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