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HCB investe na modernização de infra-estruturas

Por admin

O Presidente de Conselho de Administração (PCA) da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Paulo Muxanga, disse, semana finda em Maputo, que aquela empresa está a trabalhar no sentido de melhorar e modernizar as suas infra-estruturas e os serviços que fornece aos seus consumidores.

O processo da reestruturação já está em curso desde a altura da reversão da Hidroeléctrica. Numa primeira fase os trabalhos consistiram na reabilitação da central de produção. Em resultado desta iniciativa houve o aumento exponencial da produção na ordem de 20 porcento alcançado em 2009. Os mesmos são considerados os mais elevados na vida daquela empresa desde 1977, altura em que começou a operar.

Por causa dos sucessos vindos desta intervenção. As autoridades daquela empresa definiram mais quatro pilares de forma a aprofundar a modernização da HCB nomeadamente reabilitação dos descarregadores, subestação de Songo, intervenção das linhas HVDC (high-voltage, direct current)e o desenvolvimento da Central do Norte.

A reabilitação dos descarregadores iniciou há quatro anos visa melhorar a segurança hidráulica operacional e estrutural da barragem.

Dados em nosso poder dão conta que a reabilitação do Sistema de Songo apresenta-se como a prioridade neste momento, sendo que as perspectivas são positivas, sobretudo com a entrada em funcionamento de dois conjuntos de bobines de alisamento de nova tecnologia. Este equipamento está obsoleto.

domingoapurou que um dos objectivos da modernização da Subestação de Songo é a substituição dos equipamentos obsoletos por modernos que vão garantir uma transmissão fiel da energia de Cahora Bassa para os seus consumidores.

Paulo Muxanga disse ainda que as linhas de transmissão de energia têm sido motivo de preocupação por parte dos gestores da HCB devido a recorrentes quedas de torres de energia no Rio Save, na zona do Pafuri, como consequência das cheias e inundações. Aliás, já houve registo de quedas de torres nos anos 1978, 2000 e mais recentemente em 2013 e 2014.

Esta situação preocupa, naturalmente, o Conselho de Administração e os colaboradores da HCB, por isso é que se tem estado a pensar numa solução definitiva que deverá ser concretizada nos próximos três anos por via do projecto de protecção das linhas, uma iniciativa visa o desvio, em algumas zonas, do traçado actual da implantação das torres e do reforço substancial das bases das mesmas num processo de engenharia semelhante às usadas na construção de pontes de modo a protege-las nos casos de cheias mais severas”, sublinhou Muxanga.

Outro projecto previsto no âmbito da modernização de infra-estruturas é a construção da Central Norte que é considerado mais estruturante, depois da construção de Barragem de Cahora Bassa. A central deverá ter uma capacidade instalada em torno dos 1200 megawatts de energia. Para tal, já foram feitos os estudos hidrológicos, geotécnicos e de Impacto Ambiental.

No que concerne à melhoria dos processos de gestão, no ano passado, a HCB enveredou num processo de certificação de qualidade, Segurança e Saúde Ocupacional, um instrumento de melhoria contínua, orientado para a satisfação, segurança e saúde dos trabalhadores, clientes e comunidades e todos os envolvidos nas actividades daquela empresa.

A implementação do projecto permitirá a modernização dos nossos processos de gestão que deverão basear-se, de forma contínua, em padrões internacionais. Por outro lado, fizemos a moçambicanização dos trabalhadores da HCB. Hoje, podemos dizer, com justificado júbilo que de um total de 700 trabalhadores, menos de doze são expatriados o que contrasta com a realidade encontrada à altura da reversão e, desde logo, determinamos que um dos nossos desafios era moçambicanizar a força do trabalho da empresa” referiu Muxanga.

Estas informações foram avançadas aquando do Seminário sobre a modernização da infra-estrutura e dos processos de gestão de Cahora Bassa dirigido a jornalistas.

Angelina Mahumane

 

vandamahumane@gmail.com

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