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Garantidos fundos para levar mais bancos aos distritos

Por admin

O Fundo de Apoio à Reabilitação Económica (FARE) garante que vai prosseguir com o processo de bancarização rural no país, através de recursos próprios, Orçamento do Estado (OE) e 

financiamentos que está a negociar junto de parceiros externos.

Dados colhidos junto de Augusto Isabel, director geral desta instituição indicam que o Programa de Apoio às Finanças Rurais (PAFR), domiciliado no FARE, tem o seu término previsto para 2013, “mas o FARE vai continuar a financiar a expansão do sistema financeiro para os 54 que ainda não dispõem de serviços bancários formais”.

Segundo a nossa fonte, o PAFR é financiado conjuntamente pelo Governo de Moçambique, Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (FIDA) e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), e teve seu inicio em 2005 com duração prevista de oito anos, sendo o ano de 2013 o último da implementação efectiva deste programa.

Apesar disso, Augusto Isabel reitera que o Governo moçambicano, através do FARE, está a negociar com estas instituições a possibilidade de estenderem os seus programas no país, ao mesmo tempo que aborda outros parceiros para apoiarem a iniciativa.

Dados cumulativos do processo de bancarização rural indicam que o PAFR permitiu o estabelecimento de várias instituições em 74 distritos dos 128 distritos do país, cobrindo todas províncias do país e pelo menos 95 mil novos clientes entraram para o sistema financeiro formal e com livre acesso a linhas diferentes linhas de financiamento para realizarem investimentos.

Dos 94 projectos aprovados, cerca de 56 encontram se activos com uma carteira de 10 milhões de dólares, e deles constam Bancos Comerciais, Micro bancos e Operadores de Micro-crédito que responderam positivamente ao apelo do Governo no sentido de se estabelecerem nas zonas rurais”, disse Augusto Isabel.

Para o director geral do FARE, a dinâmica que estas instituições financeiras trouxeram para as zonas rurais são visíveis, desde o seu suporte aos diferentes sectores da economia, ao estimulo da cultura de poupança nas comunidades, a redução das distâncias percorridas para se ter acesso a uma instituição financeira e todos os riscos a isso relacionados.

Devido à dimensão do país, a dispersão da população, os custos relativamente altos de transporte e outros bens, fazer finanças rurais em Moçambique continua a ser um desafio, pois os custos operacionais são muito elevados comparados com outros países de Africa e Ásia”, sublinhou.

Como forma de transpor esta barreira, Augusto Isabel afirma que o FARE também promove o acesso a mais cidadãos a serviços financeiros através da promoção de grupos de Poupança e Crédito Rotativo (PCR) em zonas remotas onde não operam bancos comerciais, micro-bancos e micro-finanças.

Assim, em 20 distritos das províncias de Inhambane, Sofala, Manica, Nampula e Niassa, foram criados cerca de 1243 grupos de PCR com pouco mais de 21 mil membros na sua maioria mulheres, que com o espírito de inter-ajuda tem procurado melhorar as suas condições de vida e seus hábitos em relação a gestão do dinheiro que possuem.

 

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