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EXPLORAÇÃO DO GÁS NA ÁREA 4: Empresas moçambicanas têm uma palavra a dizer

Por Idnórcio Muchanga
  • Economistas e engenheiros exigem celeridade na aprovação da Lei de Conteúdo Local

Afraca participação de empresas moçambicanas nos megaprojectos de petróleo e gás preocupa economistas e engenheiros moçambicanos, sobretudo com a previsão da entrada em funcionamento, no próximo mês de Outubro do ano em curso, da plataforma flutuante Coral Sul-FNLG, na área 4 da Bacia do Rovuma.

Segundo o economista Egas Daniel, por esta actividade decorrer em “offshore” (no mar) limita, de certa maneira, a dinamização da economia local, uma vez que não se regista o movimento de empresas nacionais a prestarem serviços e fornecimento de bens. No entender do economista, a não aprovação da Lei de Conteúdo Local cria incerteza no seio do empresariado nacional por não haver bases sustentáveis que indiquem ganhos directos advindos da prestação de serviços às multinacionais.

“Talvez a médio prazo com a retoma das actividades da Total e ExxMobil pode-se inserir as empresas e mão-de-obra moçambicana na cadeia de valor do petróleo e gás natural”, aponta.

Em relação aos 34 milhões de dólares americanos que o Estado vai arrecadar de receitas, Egas Daniel disse que o valor não vai, numa primeira fase, beneficiar, de forma directa, a população, por tratar-se de ganhos quantitativos.

A economista Estrela Charles disse que até o momento os benefícios que podem advir da extracção e exportação do gás através da plataforma flutuante são referentes aos impostos e não há clareza em relação a outros privilégios no que diz respeito a transferências de conhecimentos aos moçambicanos e às pequenas e médias empresas no fornecimento de bens e serviços. Leia mais…

Idnórcio Muchanga e Eduardo Changule

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