Home Economia Energia “tira sono” aos membros da SAPP

Energia “tira sono” aos membros da SAPP

por admin

As empresas produtoras de energia da África Austral filiadas à Southern Africa Power Poll (SAPP) manifestaram recentemente a sua preocupação pela persistência do défice de energia eléctrica 

que continua a abalar o crescimento das economias dos países membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Segundo representantes daquela agremiação que estiveram reunidos recentemente em Maputo, o défice energético da SADC situa-se presentemente na ordem dos 2500 Mega Watt por ano, o que por outras palavras equivale a dizer que para satisfazer a região, a África Austral precisaria de uma hidroeléctrica com o tamanho e capacidade de produção igual ao da Cahora Bassa.

Por causa disso, as empresas produtoras de corrente eléctrica da região entendem que se deve continuar a conjugar esforços no sentido de escolher as melhores opções de produção assim como definir projectos prioritários comuns que possam ser implementados em tempo útil.

Um das saídas cogitadas poderá ser a materialização do Plano Director de Infra-estruturas da SADC, aprovado pelos Chefes de Estados e de Governos da região no passado mês de Agosto, cujo objectivo é o de direccionar os esforços na implementação de projectos de infra-estruturas com um potencial capaz de contribuir para a integração regional, impulsionar o desenvolvimento económico e contribuir para a erradicação da pobreza.

“A energia é uma componente que joga um papel crucial e sem a qual não se pode dinamizar a almejada industrialização dos nossos países, condição para a criação de emprego e a melhoria de qualidade de vida dos povos da comunidade”, disse Jaime Himede, Vice-ministro da Energia.

Segundo Himede, o crescimento do consumo a nível da região situado em três por cento ao ano requer o desenvolvimento de novas capacidades na ordem de 20 mil MegaWatts para os próximos cinco anos e, por essa razão, as empresas são chamadas a ocupar a linha de frente para responder a esse desafio.

No que concerne ao transporte de energia, a pioridade vai para o desenvolvimento das interligações, através do reforço das fontes e linhas existentes e construção de novas linhas entre os países membros que ainda não estão interligados. A título de exemplo, destaca-se a relevância das interligações no fortalecimento dos corredores de desenvolvimento.

Para Himede, os projectos em carteira que devem ser concluídos com maior urgência relacionam-se com a interligação entre o Zimbabwe, a Zâmbia e o Botswana (projecto ZIZABONA), o Corredor de Transmissão Central do Zimbabwe (CTC), o projecto denominado por Eixo de Transmissão Regional de Moçambique, entre outros.

No quadro da busca de eficiência energética e redução de perdas ficamos a saber que está em curso um programa regional de massificação do uso de lâmpadas de baixo consumo, instalação de equipamento de produção de energia térmica, solar e foto-voltáica.

“O grande problema que temos a nível da SADC é que os projectos são planeados e nem sempre conseguimos cumprir. Já tivemos situações de inúmeros programas que são apresentados mas foram materializados em tempo útil”, afirmou Fernando de Sousa PCA da Electricidade de Moçambique. 

Você pode também gostar de:

Leave a Comment

Propriedade da Sociedade do Notícias, SA

Direcção, Redacção e Oficinas Rua Joe Slovo, 55 • C. Postal 327

Capa da semana