A Câmara de Comércio Moçambique (CCM) lançou, recentemente, em Maputo, a empresa Câmara de Comércio e Investimentos (CCMI) que será responsável pela sustentabilidade
económica daquela agremiação. Para o cumprimento desse desiderato, segundo Arlindo Duarte, presidente da CCMI, a empresa terá de ter uma carteira de negócios forte, participações e acções para ser rentável.
“Vamos buscar profissionais que aceitaram abraçar a nossa causa mas não serão remunerados. Farão trabalho voluntário. Já temos algumas empresas que mostraram interesse
em nos apoiar, tal é o caso da Emose, Gambeira (uma empresa de pesca) e Intermetal.”
Naturalmente que nesta fase não estamos a priorizar as áreas porque ainda estamos a começar, mas todos aqueles sectores de negócios que poderão gerar lucro a curto e médio prazos merecerão a nossa atenção.”
“Os grandes projectos também têm interesse em ver as empresas moçambicanas a beneficiar de formação sobre o conteúdo local, para reverter o cenário que aconteceu quando começaram a chegar no nosso país, na altura praticamente não tínhamos empresas com capacidade para responder a exigências destas.”
“Estamos a negociar pacotes simplificados de certificação porque, por a formação ser muito cara, as Pequenas e Médias Empresas não conseguem arcar com as despesas. A nossa ideia é ter um pacote específico que só vai beneficiar este grupo de empresas. Por exemplo, estamos numa fase bastante avançada de negociação com a CEICE, uma empresa especialista na área, para a obtenção deste tipo de pacote.”
“Acreditamos que podemos superar os obstáculos e temos pessoas que acreditam na CCMI. O pouco que fizemos da Câmara de Comércio de Moçambique desde a nossa indicação para assumir os destinos da organização pode ter motivado as empresas a acreditarem no nosso projecto, sobretudo se levarmos em conta que nesta primeira fase todo o trabalho que vamos fazer é por “amor à camisola”.
“Eles já visitaram o nosso país e identificaram a área que lhes interessa”
“Há fundos fora. Há interessados do exterior em investir em projectos sérios. Já começamos a fazer um trabalho de casa, que é elaborar um plano estratégico onde contamos com o auxílio da empresa Embondeiro. Com projectos bem elaborados é possível ir para fora e captar dinheiro.”
“É verdade que há muito trabalho mas é preciso ter vontade política, caso contrário as coisas não andam. Precisamos de mais incentivos. No “Oil and Gas”
acredito que com as formações certas teremos capacidade de fazer qualquer trabalhoque surgir.”
