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Cresce índice de inclusão financeira

Por admin

 

Os indicadores de acesso demográfico e geográfico a agências bancárias, medidos através da disponibilidade das agências por cada 100 mil habitantes e em cada 100 quilómetros quadrados mostram que o país tem vindo a registar melhorias nos índices de inclusão financeira, situando-se actualmente em quatro agências por cada 100 mil habitantes contra duas agências em 2007 e sete agências para cada 10 mil quilómetros quadrados contra três em 2005, respectivamente.

Estes dados foram revelados pelo governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, no decurso da cerimónia de lançamento do programa de Educação Financeira que aquela instituição pretende levar a cabo até 2022 com o objectivo de complementar e consolidar os esforços de expansão dos serviços financeiros às zonas rurais.

Segundo Gove, os sinais de melhoria do índice de inclusão financeira abrangem ainda o uso de serviços disponíveis, intermediação bancária e de poupança financeira que conheceram um incremento. Para melhor ser percebido enunciou que no mês de Agosto de 2014, o volume de crédito à economia por mil adultos se situou em cerca 12,7 milhões de meticais, contra 2,7 milhões de meticais em 2007.

Por seu turno, o volume de depósitos por mil adultos se situou em 15,1 milhões de meticais em Agosto deste ano, contra 5,2 milhões de meticais registados em 2007. A mesma tendência observou-se no que respeita ao nível de bancarização da economia que é medida em termos de contas bancárias em percentagem de população adulta, que cresceu em 18 pontos percentuais, ao sair de 6,5 por cento, em 2005, para 24,4 por cento em Agosto de 2014”, disse.

Para o governador do Banco de Moçambique, todos estes números reflectem um crescimento encorajador que deve encher de orgulho a todos e, sobretudo, inspirar a prosseguir os esforços até aqui empreendidos.

No âmbito da implementação da Estratégia Nacional de Desenvolvimento do sector Financeiro definimos como uma das metas a alcançar a melhoria do nível de inclusão financeira para uma abrangência de 35 por cento da população adulta até 2022, o que nos dá uma clara ideia da dimensão dos ingentes desafios que ainda temos pela frente”, frisou.

Para o alcance desta meta, o Banco de Moçambique criou recentemente o Departamento de Supervisão Comportamental que, entre outros, está a promover iniciativas em prol do incremente dos níveis de informação e educação financeira do público, fornecendo ferramentas para uma ampla compreensão dos conceitos, conhecimento sobre o que o mercado financeiro disponibiliza e contribuir para a formação da sociedade em geral.

O Programa de Educação Financeira foi concebido com o propósito de abranger a todos os segmentos populacionais do país e será implementado em duas fases, nomeadamente de 2014 a 2016 (fase piloto) e de 2017 a 2022 onde se vai replicar as estratégias em toda a extensão do território nacional”, revelou Gove.

Conforme apurámos, a segunda fase será caracterizada pela introdução de matérias específicas ligadas à educação financeira nos planos curriculares do nível primário e secundário. “Para esse desiderato, o Ministério da Educação constitui um parceiro essencial”, enfatizou.

Mesmo a propósito de parceiros, o Banco de Moçambique escolheu a Rádio Moçambique (RM) e a Televisão de Moçambique (TVM) para serem os primeiros difusores de mensagens educativas de carácter financeiro, ao mesmo tempo que conta buscar uma ligação com o Instituto de Comunicação Social e com a rede de rádios comunitárias para a divulgação deste programa.

O primeiro tema eleito é a “poupança” porque reconhecemos a sua importância como meio para a criação e multiplicação da riqueza. Na verdade, na poupança está o ganho, quer para quem confia o seu dinheiro aos bancos, quer na perspectiva de intermediação financeira, enquanto impulsionador do investimento”, disse Ernesto Gove.

Mas o Banco de Moçambique não pretende ficar pelas aulas de educação financeira. Ernesto Gove anunciou ainda que o Banco Central está com as ideias mais do que alinhadas para introduzir a celebração do Dia Mundial da Poupança, que se comemora no dia 31 de Outubro (próxima sexta-feira). Para a festa, o Banco de Moçambique encontrou apoios cá dentro do país e lá fora, incluindo junto do banco alemão conhecido por KfW.

As iniciativas associadas à celebração do Dia Mundial da Poupança visarão cidadãos de todas as idades, com particular atenção para crianças e jovens, e professores, dada a sua posição privilegiada na disseminação de informação e por serem agentes de indução de mudanças comportamentais”, descreveu.

Jorge Rungo

jrungo@gmail.com

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1 comment

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