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BM aponta mais desafios para 2016

Por admin

O Banco de Moçambique chama a atenção do tecido empresarial nacional para os desafios com que o país deverá lidar ao longo do presente ano que já começa com calamidades naturais, nomeadamente seca para a zona sul e excesso de chuvas nas regiões centro e norte.

Para o Banco Central, será necessário um esforço redobrado para o alcance dos objectivos macroeconómicos estabelecidos para o presente que são de uma inflação anual de 5.6 por cento, uma taxa de crescimento real do produto Interno Bruto (PIB) de sete por cento e um nível adequado de reservas internacionais.

Para que os objectivos sejam atingidos é necessária umaadequada coordenação das políticas fiscal e monetária, o queconstitui um imperativo nacional visando a manutenção da estabilidade macroeconómica, base fundamental da implementação de políticas sectoriais que promovam e favoreçam o aumento da produção, da produtividade e do emprego.

Por outro lado, o país precisa de tirar lições da queda dos preços internacionais das matérias-primaspara diversificar a sua economia, tirando vantagens das potencialidades de que dispõe particularmente nos sectores da agricultura, recursos energéticos, turismo e infra-estruturas.

Assim, a produção deverá visar a substituição das importações e a promoção de exportações, elevando, assim, as reservas do país e criando resiliências a choques externos, como os que actualmente vivemos. 

Estes dados foram avançados durante o Conselho Consultivo do Banco de Moçambique que aconteceu, semana finda na província de Tete, sob o lema Importância das Reservas Externas no Contexto da Actual Conjuntura Económica e Financeira Internacional e os Desafios Que se Coloca à Economia Moçambicana. O tema foi escolhido por ser actual e de particular relevância na presente conjuntura,tomando por base uma reflexão levada a acabo pelo Banco Central.

Ernesto Gove, governador do BM, reiterou que a volatilidade cambial que o país enfrentou resultou de uma conjuntura internacional adversa caracterizada pelo fortalecimento do dólar e pela queda generalizada dos preços das principais mercadorias, com ênfase para as que temos exportado.

A nossa balança de pagamentos ressentiu-se de menores receitas de exportações, num contexto em que o nível de importações praticamente se manteve igual ao do ano anterior. “Adicionalmente, registámos em 2015 menores desembolsos de fundos de ajuda externa para o apoio directo ao orçamento, bem assim a uma queda do investimento directo estrangeiro, num contexto de acréscimo substancial do serviço de dívida pública externa”, disse.

Estes factores, conjugados com outros de natureza psicológica, terão pesado fortemente para que a depreciação do Metical atingisse 40 por cento em finais do ano passado, ainda assim abaixo do nível de 70 por cento acumulados até Novembro.

Por outro lado, as pressões advindas do mercado cambial, conjugadas com a decisão do governo de ajustar os preços de alguns produtos administrados que permaneciam fixos desde 2010, assim como a ocorrência de práticas de especulação de preços por parte de alguns agentes económicos, fizeram com que no último trimestre do ano e com maior incidência no mês de Dezembro o nível geral de preços excedesse as projecções, ao fixar-se acima de 11 por cento, em termos acumulados e em 10.6 por cento quando considerado o índice agregado do país. 

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