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Agricultura moçambicana está em franca transformação – ministro do pelouro, Celso Correia

O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, considera que Moçambique encontra-se num momento de viragem em termos de produção agrícola, citando como exemplo o facto de no primeiro trimestre o país ter registado um aumento do volume de exportação, principalmente de oleaginosas.

Há dias, as autoridades moçambicanas anunciaram que as cerca de 150 mil famílias que se dedicam ao cultivo do algodão registaram um aumento dos seus rendimentos na ordem de 32 por cento, nesta campanha agrícola.

Esta avaliação foi feita, sexta-feira, em Maputo, por Celso Correia, durante o encontro que manteve com o antigo Presidente da Tanzânia e membro do Conselho Administração da Aliança para Revolução Verde em África (AGRA), Jakaya Kikwete.

Na ocasião, Celso Correia disse que o encontro que manteve com a delegação da AGRA permitiu a partilha de informação sobre os caminhos que estão a ser trilhados pelo Governo moçambicano para o alcance do objectivo “Fome Zero”.

“Uma vez que a delegação do AGRA esteve no terreno deu subsídios para a melhoria de alguns aspectos. E isso vai permitir que mais de 70 por cento das famílias que vivem com base na agricultura alterem as formas de produção, fazendo uso de novas tecnologias susceptíveis de gerar maior produtividade”.

Aliás, Jakaya Kikwete mostrou-se satisfeito com o que viu, há dias, numa empresa produtora de sementes melhoradas na cidade de Chimoio, em Manica.

“Notei, no entanto, que há mais mulheres do que homens. Perguntei sobre a razão desta disparidade e a resposta foi que as mulheres são mais sensíveis a ponto de conseguirem distinguir as melhores sementes pelas suas cores. Fui, também, visitando fábricas que produzem e processam sementes e ferramentas para a produção agrícola”, disse.

Entretanto, Jakaya Kikwete reconheceu que a guerra entre a Rússia e a Ucrânia está a provocar restrições na circulação de fertilizantes e produtos químicos usados na agricultura, o que, por sua vez, vai contribuir para a redução da produção e produtividade.

“O outro aspecto que a guerra está a provocar está relacionado com a escassez do óleo para a lubrificação das máquinas, criando, desta forma, um acréscimo do custo do sistema de transportes”, frisou.

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