Artes & Letras

O jazz deve dar voz aos sem liberdade- Silva Dunduro

O Ministro da Cultura e Turismo, Silva Dunduro, afirma que  o jazz deve contribuir para dar voz aos sem liberdades. Os pronunciamentos foram feitos a propósito das comemorações do Dia Internacional do Jazz (30 de Abril), cujas actividades tiveram lugar no Teatro Avenida e no Centro Cultural Ntsindza.

Músicos  como Orlando Conceição, José Maria, João Cabral, são alaguns dos muitos que no dia do jazz preencheram várias horas tocando de tudo um pouco dentro e fora do Teatro Avenida.

Silva Dunduro, ministro da Cultura e Turismo, dirigiu-se aos presentes no Teatro Avenida  dizendo que  a música jazz tem suas raízes na África e se expandiu para o mundo.

O jazz resulta de várias confluências de muitas culturas, mas  teve origem nos negros levados às Américas. Dos Estados Unidos de América (EUA), esta música se alastrou para a história universal”, afirmou Silva Dunduro.

Segundo Dunduro, a questão da expressão cultural é muito importante na influência aos homens. “O jazz é uma expressão cultural que contribui para a mudança dos homens. Este  estilo musical pode contribuir na questão das liberdades, funcionando como “grito dos sem vozes na luta pelas liberdades”.

Silva Dunduro disse que o governo moçambicano  encoraja este tipo de iniciativas e que  “ pode se ampliar os espaços de prática e promoção de concertos nas escolas, na cidade e nas comunidades”.

O jazz pode ser visto também em termos de ritmo e significado. O representante da UNESCO, presente na cerimónia das comemorações do jazz, exprimiu seu sentimento em relação ao estilo musical. “O jazz é música na sua forma criativa. Ela  cria diversidade e cada estilo reflecte uma rica influência local. Ela  cria diálogo entre as culturas. A  música, em particular o jazz, deve promover os direitos humanos, o respeito, deve promover o entendimento entre as pessoas e criar o espírito de solidariedade: “ela é uma música da paz, de luta contra o ódio e discriminação”.

Orlando Conceição e as surpresas

A noite de jazz não foi apenas feita de discursos. Logo no inicio, subiu ao palco um grupo de alunos da Escola Nacional de Música (ENM). Prince, Válter, Marcelo, Edilson e Happens, sob comando de professor Orlando, “invadiram” ao palco. Firmes  enfrentaram o público que aguardava ansiosamente pela música e começaram a tocar. Com Conceição no piano, os miúdos sopraram seus saxofones. O público surpreso, não se fez de rogado, levantou e aplaudiu.

Sendo a primeira vez que se comemora esta data, estamos satisfeitos, sentimos que chegou a liberdade e podemos celebrar a inauguração do dia”, dizia o professor Orlando da Conceição.

João Cabral e sua banda composta por Onézia (voz), Samuel de Cristo (saxofone), Armindo Salato (baixo), De Almeida (bateria) e João Cabral (solo), subiram ao palco e deram o melhor de si. Entre um som atrás doutro, roubavam mais aplausos do público. Algumas vezes, questões técnicas do som atrapalhavam, mas Cabral não recuava, tomava o comando de sua banda, convidava sua equipa a se soltar mais e proporcionavam uma festa do jazz memorável.

Para fechar o concerto, Cabral convidou a turma de Orlando Conceição para juntos tocarem. E no final dos sopros, José Maria invadiu o palco, roubando o protagonismo. O jazz é por vezes improviso.

 

 

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