Sociedade

Bombinhas de asma não criam dependência-Sandra Mavale

• Contrariamente ao que muita gente pensa, a asma não tem cura

A partir desta edição, o nosso jornal passa a trazer semanalmente esta rubrica dedicada a saúde. O objectivo é elevar o nível de conhecimento dos nossos leitores sobre algumas patologias. Começamos pela asma.

A concepção popular segundo a qual as bombinhas de tratamento e prevenção da asma provocam dependência nos seus usuários não passa de um mito popular. Quem o afirma é a Pneomologista infantil, Sandra Mavale.

De acordo com a pneumologista, as bombinhas são de capital importância no tratamento e prevenção de crises asmáticas na medida em que permitem a dilatação dos brônquios facilitando deste modo a respiração.

Doutora, o que é asma?

A asma é uma doença crónica que afecta o brônquio, causando a inflamação do mesmo e contribuindo assim para a obstrução das vias aéreas.

Esta doença é causada por vários factores nomeadamente o genético e o ambiental. Os agentes desencadeadores mais comuns são não alérgicos, onde se destaca a genética e poluição atmosférica, e  os alérgicos causados por poeiras, o pólen das flores,  fumaça de cigarro, alimentos, exposição ao frio entre outros.

Contrariamente ao que se pensa, aasma é uma doença sem cura e poucas pessoas sabem deste facto. Esta doença aparece em qualquer idade.

Nas crianças, como é que a doença se manifesta?

 Nas crianças, ela frequentemente manifesta-se com aparecimento de tosse seca de predomínio nocturno. Nos bebés a asma começa com as bronquites de repetição, que são as tosses.

No âmbito do aparecimento da asma em idade lactante, a pneomologista afirmou que os pais têm oferecido muita resistência em aceitar que os seus bebés podem estar a manifestar os primeiros sinais de asma.

Em algumas consultas com bebés lactantes, quando digo aos pais que o seu filho está com sintomas de asmaeles têm dificuldade em aceitar e alegam que o seu filho nunca chiou. O que os pais não sabem ou não entendem é que o chiado constitui o expoente máximo da doença.

A nossa entrevistada revelou ser importante que as crianças façam diagnóstico logo que apresentarem sintomas como a tosse recorrente, falta de ar ou dificuldade em respirar, pieira, cansaço e aperto no peito. Dado o caracter crónico, geralmente esta doença requer um tratamento a longo prazo.

Cuidados a observar

neste período de inverno

Nesta época de inverno, segundo a médica é importante agasalhar as crianças contra o frio para  prevenir  o desencadeamento de uma crise. Outra forma de precaução importante é evitar que as crianças com predisposição para a doença, entrem em contacto com os factores de risco como a fumaça de cigarro, poeiras e poléns de flores.

As pessoas doentes, como por exemplo pessoas constipadas devem evitar entrar em contacto com as crianças. Caso sejam as mães, devem lavar as mãos antes de pegarem os bebés.

NB. As crises de asma podem ser classificadas como ligeiras, quando aparecem ocasionalmente. Para os casos em que o doente possui crises em períodos mais ou menos longos, como por exemplo mensalmente, considera-se o nível moderado. Quando a crise é frequente, quase diariamente está-se diante de uma asma grave.

TRATAMENTO

Até o momento, segundo a nossa médica, a medicina apresenta dois tipos de tratamento. O tratamento da crise asmática que é feito com base em broncodilatadores, que possibilitam a dilatação dos brônquios. Em casos graves associam-se os corticoides ao tratamento. Para combater a inflamação dos brônquios que causam a crise, é realizado o tratamento preventivo com base em corticoides inalatórios.

Luísa Jorge

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