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FACE À CARESTIA DOS COMBUSTÍVEIS: Transportadores propõem aumento de 2 a 3 Meticais

Os operadores de transportes públicos e privados de passageiros pedem o reajuste da tarifa em pelo menos dois Meticais para uma distância de até 10 quilómetros e três para mais de 10 quilómetros.

Numa reunião de auscultação pública sobre a implicação da subida dos preços dos combustíveis líquidos, realizada ontem no paço do município de Maputo, os transportadores defenderam que a tarifa actualmente em vigor representa um grande prejuízo para os operadores.

Neste momento, a tarifa praticada é de 12 e 15 Meticais que, segundo os transportadores, está longe de cobrir os custos de operação dos autocarros, sobretudo no que diz respeito a combustíveis e lubrificantes.

Neste contexto, o presidente da Associação dos Transportadores Rodoviários da cidade de Maputo, Baptista Mucavele, explicou que o desejo dos transportadores semicolectivos de passageiros era de passar dos actuais 12 para 20 Meticais, mas, por entenderem que seria um encargo enorme para os passageiros, concordaram em propor 2 e 3 Meticais de agravamento.

Entretanto, os munícipes entendem não haver razões para o aumento da tarifa do “chapa”, tendo em conta que no primeiro trimestre do ano em curso houve um reajuste.

Outro argumento apresentado pelos munícipes para a manutenção da tarifa tem a ver com a continuidade de encurtamento de rotas praticado pelos transportadores semicolectivos de passageiros, fazendo com que os passageiros gastem mais dinheiro nas suas viagens.

Como meio de contornar a situação, os munícipes entendem que o Governo deve retomar o mecanismos de subsídio aos transportadores.

Por seu turno, José Rehemtula Nicols, vereador do pelouro de Mobilidade, Transporte e Trânsito da cidade de Maputo, reconheceu a justeza das reclamações dos operadores, tendo em conta a subida dos combustíveis.

Refira-se que esta não é a primeira vez que os operadores de transporte público de passageiros propõem a revisão em alta das tarifas, o que, aliás, levou a sucessivas reuniões entre a Federação Moçambicana das Associações dos Transportes Rodoviário (FEMATRO) e o município.

Aliás, foi neste contexto que transportadores que operam na cidade de Nampula, por exemplo, decidiram, recentemente, paralisar a actividade reivindicando o aumento da tarifa.

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