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ANDRÉ MATOLA, DIRECTOR EDITORIAL DO DOMINGO: No jornalismo nutro paixão por quatro áreas

Por Idnórcio Muchanga

No epílogo das entrevistas de perfil às caras do domingo, ainda na senda dos 40 anos do jornal, eis a vez de André Matola, director editorial e jornalista da casa há 28. Homem de múltiplas facetas – professor de Química, escritor, licenciado em farmácia, mestrando em Relações Internacionais, … –, diz que no jornalismo é apaixonado por quatro áreas. Tem estado a aprender, uma e outra vez, a usar fato…

Quem é André Matola?

Sou filho de um maronga e de uma machope (Lourenço e Flora). Nasci em Maputo. A minha mãe era professora e o meu pai canalizador, trabalhou toda a vida na Força Aérea. Cresci no Xipamanine. Meu habitat natural. Esporadicamente vivi no ex-bairro Indígena e no bairro de Minkadjuine. Mas também passei bocados de infância em Nacala (Maiaia) e cidade de Nampula.

André Matola foi um dos fervorosos membros do movimento juvenil. Conta um pouco dessa história?

Sou amigo de Bento Baloi desde os tempos do ensino secundário na “Josina Machel”. Sucede que sempre gostei de ler e escrever. Estando na Faculdade de Educação na UEM, 1986, notei que Bento Baloi publicava com regularidade os seus trabalhos (poesia e contos) na página juvenil do jornal domingo. Um dia perguntei-lhe o que devia fazer para publicar os meus textos. E ele, naquele seu jeitinho engraçado, respondeu: “não há ciência nenhuma, Matolinha. É simples. Escreva e vá deixar no jornal. Se tiver qualidade publicam, se não tiver… paciência” (risos).

Então…

Entreguei o meu conto no jornal domingo e, na semana seguinte, vejo escrito na página “acusamos a recepção”. O coordenador era José Machado, jornalista do “notícias”. Fiquei eufórico. Semanas depois, lá estava o meu conto nas páginas. Tinha começado a minha ligação com o jornal.

À dada altura, sentimos a necessidade de nos conhecermos porque nas páginas aconteciam debates de suster a respiração, de cortar à faca. Então, decidimos criar o Clube dos Amigos do Juvenil (CAJ). Aquilo era outro nível. Debates quentes nas página juvenil, excursões, fogueiras, etc. Depois tudo malta voluntariosa e cheia de boa disposição. Belmiro Adamugy, Bento Venâncio e Carol Banze vêm desse tempo.

Como é que veio dar ao jornalismo?

Em 1993, a Sociedade do Notícias lançou um concurso para admissão de jornalistas. Fiz exame e, felizmente, fui admitido. Sempre quis ser jornalista. Mas já vinha colaborando para o jornal há alguns anos. Fazia entrevistas preferencialmente para as páginas culturais (“Ver e Ouvir”) e reportagens de âmbito social. Também colaborei na Rádio Cidade, concretamente no programa Universidade Aberta, a convite de Patrício Filipe. Leia mais…

TEXTO DE ANTÓNIO MONDLHANE,
antonio.mondlhane@snoticias.co.mz

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