O torneio de rodagem de boxe masculino e feminino, iniciado ontem, termina na tarde de hoje nas instalações da Escola Secundária Francisco Manyanga, em Maputo, com sessão a iniciar as 14
horas, envolvendo pugilistas dos clubes Matchedje, Ferroviário de Maputo e da Academia Ractificadora LM.
Assim, Academia Lucas Sinóia cumpre mais uma missão da sua existência, que é manter em rodagem o talento emergente nas suas “oficinas” e nos clubes, ao mesmo tempo que vai dando oportunidade aos mais velhos pugilistas de estarem permanentemente em forma, já que na cidade Maputo e no país escasseiam combates de boxe.
Aliás, é com este tipo de eventos que a Academia Lucas Sinóia marca diferença no boxe nacional, deixando para trás as associações e a federação que repetidamente justificam a sua inoperância alegando falta de dinheiro.
A Academia Lucas Sinóia já realizou um conjunto de acções, sobretudo envolvendo crianças e mulheres pugilistas, somente com o orçamento do patrono, senhor de boas ideias para o desenvolvimento da modalidade no país, mas que, infelizmente, não encontram acolhimento dos que mesmo tendo dinheiro não investem no boxe como era de esperar.
Foi a partir da ideia de Sinóia que Maputo acolheu este ano um torneio internacional de boxe feminino, que serviu para o elenco de Benjamim Uamusse (BIG – BEN), que acabava de tomar posse, exibir músculos de quem prometia mais.
O evento que termina hoje escondeu o principal interesse de Lucas Sinóia, que é de proporcionar aos pugilistas moçambicanos recentemente qualificados para o Campeonato Africano, em Setembro, uma sessão de treinamento muito mais séria, que acordar, correr, bater no saco e dormir. Acha ele que enquanto as entidades responsáveis pelo desporto no país vão esboçando projectos de como ter dinheiro para a preparação dos apurados para o “Africano”, a sua academia pode fazer algo de treinamento.
A Lucas Sinóia se juntou, nesta iniciativa, o presidente cessante da Comissão Nacional dos Árbitros, Filipe Limónio Gomes, que patrocinou a premiação.