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Tolerância zero para o vandalismo

Por admin

Alberto Simango Jr., presidente de direcção da Liga Moçambicana de Futebol (LMF), anuncia tolerância zero nos campos que acolhem os jogos do “Moçambola”. À quarta jornada, o Campeonato Nacional de Futebol está quente dentro e fora das quatro linhas.

 O jogo Ferroviário de Pemba e Estrela Vermelha da Beira terminou aos tiros, tudo porque os adeptos da casa não engoliram a derrota infringida pelos “alaranjados” beirenses.

Depois dos tiros no campo Municipal de Pemba, os simpatizantes dos “locomotivas” ainda foram descarregar a sua fúria em casa do treinador Hilário Manjate.

A propósito, domingo abordou o presidente da LMF, Alberto Simango Jr., o qual, afirma que aquela organização recebeu com preocupação os relatos de Pemba.

– É um episódio que não dignifica a nossa prova e de imediato contactámos o nosso associado para apurarmos o que terá acontecido, ao mesmo tempo que instruímos para a necessidade de reforço de segurança nos próximos jogos, anotou.

O dirigente referiu que o “Moçambola” tem um regulamento de disciplina que deve ser cumprido na íntegra por todos associados e essa mensagem está permanentemente a ser transmitida aos associados.

Em todas situações vamos aplicar o regulamento. No caso de Pemba, o assunto está a ser tratado ao nível do Conselho de Disciplina– disse.

Lembrou que se actos semelhantes persistirem os adeptos de Pemba poderão ficar privados do “Moçambola”, uma vez que o estádio municipal pode ser interdito ou o Ferroviário de Pemba pode jogar à porta fechada.

Indagado sobre as razões do fenómeno, Simango Jr. disse que nada justifica a violência nos campos porque futebol é festa e deve ser tomada por todos nessa perspectiva.

Admitiu que “a fome de bola de primeiro nível agitou Pemba e muita gente acorre ao campo municipal, quando a capacidade do mesmo ainda é muito limitada”.

– Nas primeiras jornadas notámos que o produto Moçambola cresceu muito e a procura aumentou. Infelizmente nem todos  clubes se prepararam devidamente para esta procura e os estádios enchem muito antes da hora marcada para os jogos.

Referiu que a solução imediata para melhorar a situação “é aumentar a capacidade de alguns recintos como de Quelimane, Pemba e Nacala, porque ainda estão longe de satisfazer a demanda”.

– Vivemos a mesma situação no Chibuto no primeiro ano, o clube felizmente construiu mais uma bancada e estabilizou. O nosso apelo aos clubes é que pensem em alargar a capacidade dos recintos porque podem ganhar mais receita, argumentou.

Ainda sobre a condição dos recintos, o nosso interlocutor referiu que “felizmente resolvemos os problemas de Pemba, Nacala e Quelimane a tempo do início da prova”.

Todavia, disse que há alguns pormenores que alguns clubes ainda estão a melhorar, nomeadamente as condições dos balneários e tribunas. “Infelizmente mesmo alguns clubes grandes não têm balneários e sanitários nas condições que desejamos”.

CHICOTADAS PSICOLÓGICAS SURPREENDERAM

Com Alberto Simango Jr. abordámos também o fenómeno das “chicotadas psicológicas” que marcou as primeiras três jornadas do campeonato nacional.

João Eusébio, técnico português, foi afastado do Clube do Chibuto, António Sábado demitido do Têxtil do Pùngoè, enquanto Zainadine Mulungo deixava o Estrela Vermelha da Beira argumentando que “vou para casa porque não há condições de trabalho”.

No entender de Simango Jr., o fenómeno resulta da competitividade do campeonato e dos próprios objectivos definidos pelos clubes, mas realça que também ficou surpreendido.

– Devo confessar que de alguma  forma ficamos surpreendidos porque a prova acabava de começar, portanto, ainda havia espaço para a melhoria das equipas, mas as direcções dos clubes são superiores para tomar as decisões que tomaram. A verdade é que o campeonato está muito competitivo.

O presidente da LMF comentou ainda a distinção que a direcção que encabeça recebeu do Instituto Nacional do Desporto (INADE) na Gala de 2013 como “Instituição Desportiva de Prestígio do Ano”, em reconhecimento do trabalho para a realização do “Moçambola” e prestação transparente e regular de contas da prova.

– É uma distinção que nos motiva bastante e queremos continuar a merecer apoio e encorajamento de todos parceiros. O “Moçambola” está a consolidar-se como perspectivamos e continuaremos empenhados para a prova crescer ainda mais.

Custódio Mugabe

 

 

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