O sorteio do Campeonato Nacional de Futebol “Moçambola” edição 2015 tem lugar próxima sexta-feira, em Maputo, a seguir à Assembleia Geral da Liga Moçambicana de Futebol (LMF).
A Liga Moçambicana de Futebol reúne próxima sexta-feira em Assembleia Geral ordinária para a análise da vida da organização através da apreciação e aprovação dos relatórios de actividades e contas de 2014 e apresentação, discussão e aprovação do Plano de Actividades e Orçamento de 2015.
A documentação a ser analisada já está em posse dos clubes associados, os quais, à noite, vão participar na Gala de futebol e sortear o campeonato deste ano, cujo início está agendado para o dia 14 de Março próximo.
No “Moçambola” 2015 tomarão parte 14 clubes, designadamente Liga Desportiva, Maxaquene, Costa do Sol, Desportivo, Ferroviário (Maputo), Ferroviário da Beira (Sofala), Ferroviário de Nampula, Ferroviário de Nacala e Desportivo de Nacala (Nampula), HCB (Tete), Clube do Chibuto (Gaza), Ferroviário de Quelimane, 1° de Maio de Quelimane (Zambézia) e ENH de Vilankulo (Inhambane).
No sorteio, os clubes serão divididos em quatro grupos para evitar que se realizem muitos jogos na mesma cidade num fim-de-semana e nenhum na semana seguinte e também para evitar a sobrecarga dos campos e melhorar a receita dos clubes.
A LMF já está a renovar os contratos com os diferentes patrocinadores e entidades, havendo a referir que o transporte das equipas está assegurado.
O transporte será aéreo para os destinos que existam aviões da companhia nacional Linhas Aéreas de Moçambique. As delegações passarão a seguir directamente para Nacala, uma vez o aeroporto local estar já operacional.
Relativamente a Vilankulo, a disponibilidade de transporte aéreo é que vai determinar a forma de transporte dos clubes, mas, de princípio, o trajecto Maputo – Vilankulo – Beira será por estrada.
Pela quinta vez consecutiva, os jogos serão disputados com uma bola oficial “Nike”, oferecida às equipas participantes pela VDB Sports, um dos parceiros da Liga.
Tal como apurámos, os desafios serão marcados com um período de antecedência de um mês, tendo em vista permitir que todos os clubes se planifiquem e organizem atempadamente as suas deslocações.
À semelhança da época passada, serão selecionados através de concurso público 22 delegados para assegurar os aspectos técnicos e organizativos que antecedem as partidas. Maputo terá oito delegados enquanto outras cidades e vilas terão dois cada.
O calendário do campeonato prevê que a primeira interrupção só vai acontecer em Junho após a disputa de 14 jornadas, para dar lugar a realização dos desafios dos oitavos-de-final da Taça de Moçambique.
Entretanto, no ano 2014, conforme indica o relatório da LMF, registaram-se faltas sistemáticas às reuniões técnicas protagonizadas por alguns clubes, tendo sido sancionados os prevaricadores conforme os regulamentos da prova.
A LMF tem programado quatro eventos principais este ano, sendo a maioria ligados à própria realização do “Moçambola”.
Para além da Assembleia Geral ordinária a ter lugar próxima sexta-feira, terão lugar sucessivamente o festival de abertura, em local ainda por definir, o encontro entre a direcção da LMF, medias e presidentes dos clubes e uma Assembleia Geral extraordinária.
A Assembleia Geral ordinária é um evento anual obrigatório, nos termos dos estatutos da Liga Moçambicana de Futebol (LMF).
O festival de abertura faz parte da tradição do órgão reitor do “Moçambola”, tendo em vista conferir maior visibilidade ao futebol e atrair não só os espectadores como também transmitir confiança às empresas e outras entidades que financiam o campeonato nacional.
Relativamente ao encontro com os medias e presidentes dos clubes, é assumido pela direcção executiva da LMF como uma oportunidade para proceder-se ao balanço intermédio do campeonato e permite à Liga receber os imputs necessários para a melhoria das suas actividades.
Campos vistoriados ao longo da prova
A Liga Moçambicana de Futebol (LMF) vai promover vistorias aos campos que acolhem os jogos do “Moçambola” ao longo do campeonato, para assegurar que as partidas tenham lugar em recintos apropriados.
Na sexta-feira, a direcção da LMF vai transmitir aos clubes associados a necessidade dum maior investimento na manutenção regular do piso dos campos.
Na época transacta, apesar das melhorias registadas, o campeonato chegou ao fim com alguns recintos a apresentarem-se defeituosos, dificultando os movimentos dos jogadores.
O relatório de actividades da LMF faz saber que os campos preocupantes no ano passado foram do Ferroviário da Manga, na cidade da Beira, e Estádio 25 de Junho, em Nampula, casa do Ferroviário local.
“Os campos do Ferroviário da Manga e o Estádio 25 de Junho, devido a sobrecarga de jogos, denotaram clareiras e pisos irregulares nas últimas jornadas do campeonato”, destaca a LMF.
Por isso, para este ano, a direcção da LMF será mais exigente antes do início da época e no decorrer da mesma para evitar situações similares.
“Os clubes são chamados a manter seus campos em condições saudáveis para proporcionar a prática de um bom futebol aos intervenientes”, defende a LMF em documento enviado aos associados.
O “Moçambola” 2014 foi disputado no Estádio Nacional do Zimpeto, Estádio da Machava, campo do Clube do Chibuto, Estádio Municipal de Pemba, campo do Costa do Sol, Estádio 1° de Maio/SdandardBank, campo do Ferroviário da Beira, campo do Ferroviário da Manga (Beira), campo do HCB, campo do Sporting de Quelimane, Estádio 25 de Junho (Nampula), campo da Liga Desportiva e campo da Bela Vista, em Nacala.
Deste lote, saem de cena o Estádio Municipal de Pemba e devem entrar o campo do Afrin, na Matola, Estádio Municipal do Vilankulo, campo do Ferroviário de Quelimane, Estádio Municipal de Nampula e campo do Desportivo, em Bobole, província do Maputo.
Suspensos cinco árbitros em 2014
Pelo menos cinco árbitros foram suspensos ao longo do “Moçambola” 2014, devido ao defeituoso cumprimento das leis de jogo.
Numa prova que a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) utilizou 31 árbitros principais e 33 assistentes, foram registados inúmeros casos de arbitragens.
Cumpriram penas de suspensão de 30 dias (Carlos Alberto Manuel e José Mhula), 45 dias (Celestino Gimo), 60 dias (Filimão Filipe) e 120 dias (Felisberto Timana).
Para além destes, três árbitros foram repreendidos por escrito, nomeadamente Dionísio Dongaze, Adão Tchucane e César Colar.
Em 2014, a direcção executiva da LMF reuniu com os presidentes dos clubes associados para avaliar o desempenho dos árbitros, tendo se concluído que os dirigentes não deviam contactar e nem pedir favores aos árbitros em troca de alguns benefícios que feriam a verdade desportiva.
Entretanto, a CNAF, em coordenação com as comissões provinciais, está a seleccionar árbitros de primeira categoria nacional para dirigirem partidas do “Moçambola” 2015.
Custódio Mugabe
