– avisa Arsénio Sarmento, director-geral do Fundo de Promoção Desportiva
Arsénio de Castro José Sarmento, director-geral do Fundo de Promoção Desportiva (FPD), em entrevista exclusiva ao semanário domingo, na qual aborda aprofundamente a problemática das infra-estruturas desportivas no país, chama atenção, tal como já o tinha feito o ministro da Juventude e Desportos, Alberto Nkutumula, na assinatura de contratos-programas, que as federações nacionais que não tiverem a sua legalização concluída e as que não justificarem fundos do Estado já recebidos não se vão beneficiar do financiamento de 2017, no total de trinta milhões de meticais.
Da entrevista referida transcrevemos a parte das federações legais, ilegais, honestas e não honestas.
“Não basta que uma federação tenha assinado um contrato-programa. A mesma para receber os fundos deste ano terá de justificar o uso dos fundos atribuídos anteriormente. Mesmo assim, é preciso que a mesma federação esteja a funcionar legalmente, com Estatutos reconhecidos pelo Estado e publicados no Boletim da República”, explica Arsénio Sarmento que na quinta-feira, pelas 14.00 horas, se reúne com os dirigentes federativos para aprimorar o assunto, olhando para a lei.
“Nós estamos a dizer que antes não havia essa exigência, mas que estaremos muito perto na gestão dos fundos por parte das federações. Queremos ter imagem limpa junto dos parceiros que financiam o Fundo de Promoção Desportiva”, sublinha.
Na entrevista, Arsénio Sarmento vinca que “é nossa vontade fazer chegar às federações mais dinheiro do que recebem actualmente, mas para tal é imperioso que o FPD tenha capacidade de ter receitas derivadas da coisa do Estado à sua responsabilidade.”
A rentabilização dos espaços desportivos estatais é para o nosso entrevistado vital para a angariação de fundos próprios. Nesse âmbito existem planos de ocupação dos espaços do complexo do Zimpeto e Parque dos Continuadores por privados, mediante concursos. Por exemplo, das seis bilheteiras do Estádio Nacional do Zimpeto quatro vão ser arrendadas a privados para outras funções.
Neste momento, revela a nossa fonte, mais de vinte entidades públicas funcionam no Complexo Desportivo do Zimpeto. Espaços vazios começam a escassear.
Para que se conheça quais e onde estão as infra-estruturas desportivas sob alçada do FPD “o nosso desafio é fazer o recenseamento ao longo de todo o país para se saber o que cada distrito, cada município e cada província tem.”
Formado em Relações Internacionais e Diplomacia, Arsénio Sarmento foi recentemente empossado pelo Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, ao cargo de director-geral do FPD, onde vinha exercendo as funções de chefe de departamento de promoção desportiva. Já foi chefe do departamento de cooperação internacional do Ministério da Juventude e Desportos. Agora também é chefe da comissão instaladora da Agência Moçambicana Anti – doping (AMOCAD).
Por Manuel Meque