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“POLITÉCNICOS” CONQUISTAM TÍTULO INÉDITO: A Politécnica usou ciência para um Macome sem Milagre

Com a vitória por 56-55, na noite de sexta-feira, a contar para o jogo-4 do “play-off” da final, a A Politécnica conquistou, no pavilhão do Maxaquene, o seu primeiro campeonato de basquetebol sénior masculino, derrotando o poderoso Ferroviário, então tetracampeão da capital moçambicana.

Além do título colectivo, os “politécnicos” viram dois dos seus atletas condecorados com dois dos mais importantes títulos individuais. Klaus Bunguele foi eleito o jogador mais valioso (MVP) e Yuran Biosse foi o melhor marcador. Custódio Muchate (Ferroviário) completou a lista das categorias individuais com a categoria de melhor ressaltador da prova.

O pavilhão do Maxaquene esteve lotado para acolher mais uma noite, diga-se, mágica do basquetebol de Maputo. A A Politécnica, que não venceu nenhum jogo da fase regular, quebrou a hegemonia dos “locomotivas”, que há quatro anos eram líderes incontestáveis.

A equipa de José Macuácua saiu a vencer nos quatro quartos. Nos primeiros 10 minutos, a etapa menos produtiva, venceu por 8-6, números bastante baixos que revelam um período mais combativo. Ainda assim, a sua equipa manteve-se em vantagem, a ponto de ir ao intervalo a vencer por 23-16. O terceiro quarto foi muito apertado a ponto de vencerem por 36-35, a mesma diferença pontual com que venceram o jogo decisivo (56-55), evitando o quinto e desgastante embate.

Bom público no início do jogo, que se confundia entre adeptos do Ferroviário e d’A Politécnica, uma vez que vibravam pelo espectáculo que as duas equipas proporcionavam. Era na defesa que o jogo devia ser decidido. As duas formações sabiam muito bem disso, daí que os ajustes defensivos foram de tal forma determinantes que, ao meio do primeiro quarto, o resultado estava ainda em 4-4. Os “politécnicos” libertaram-se, começando a distanciar-se  (8-4), o que obrigou Milagre Macome a requisitar o seu primeiro desconto de tempo. As sistemáticas substituições eram sinais inequívocos das dificuldades que os “locomotivas” demonstravam, num jogo mais táctico. Houve mais combate e disputa de bola, o que fez com que o primeiro quarto terminasse com uma ligeira vantagem d'A Politécnica (8-6).

Dois triplos – um para cada lado – levantaram o público e deixaram o jogo mais animado. Um endiabrado Luís de Barros fez o primeiro afundanço da noite. Mau grado a jogada ter iniciado com uma infracção, com Orlando Novela a fazer passos antes de assistir a Barros, algo não assinalado pelo trio de arbitragem que, no entanto, teve uma postura de grande nível.

Os pupilos de José Macuácua, depois de um período de alguma timidez, voltaram a ter uma margem confortável, a primeira grande diferença (21-11). Ainda que os “locomotivas” tenham tentado recuperar, o triplo de David Canivete não foi suficiente para evitar que a sua equipa fosse ao intervalo em desvantagem de sete pontos (23-16).

O terceiro quarto inicia com o triplo de Chiquinho e a A Politécnica a responder com um grande afundanço de Lote Tonela. Mas o camisola 10 do Ferroviário, na segunda vez que teve a bola, voltou a marcar na linha dos 6,75m. Em pouco tempo os “locomotivas” reduziram (25-22) e empataram o jogo (29-29). E quem foi? Chiquinho, claro, em mais um triplo, o terceiro em três tentativas consecutivas. Leia mais…

Por: Deanof Potompuanha

 
 

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