Desporto

Patrões do futebol por detrás de antigos jogadores

A sucessão de Feizal Sidat no cargo de presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF) já mexe com o desporto nacional. Estão a ser elaboradas listas de candidaturas. Vão sendo indicados os encabeçadores das mesmas com perfis diversos. Tudo ainda de forma discreta. Ninguém quer “vender ouro” ao bandido. Mas não falta espionagem de uns para com os outros.

Há grupos que já se reúnem com regularidade para o aperfeiçoamento do que vão apresentar como “lista ideal” às eleições de Agosto (se não haver adiamento), ao mesmo tempo que “limpam” a quem confiam para presidir a FMF no período pós Feizal Sidat.

Como sempre, há pessoas que se vão identificando com todos os grupos para que não falhem na previsão de virem fazer parte do próximo elenco federativo.

Essas pessoas, de dia reúnem com certo grupo e de noite se juntam a outros. Neste movimento de vaivém dos indecisos são passadas de um lado para o outro informações tidas de “confidenciais”, as ditas “armas secretas.” Isso permite reportar com alguma certeza o que está a acontecer às escondidas.

Paulatinamente vão emergindo nomes de prováveis candidatos à sucessão de Feizal Sidat. Enoque João, presidente da Casa de Moçambique, em Portugal, é quem mais já se adiantou na pré-campanha e vai-se aproveitando da indecisão dos outros de aparecer publicamente para vender o seu peixe.

Tico-Tico ou Dário Monteiro? Esta pergunta durou algum tempo a ser feita por alguns patrões que de forma nenhuma querem perder o controlo do futebol nacional.

Seguiu-se ao pronunciamento público do próprio Tico-Tico de que ainda não era candidato mas o seria se tivesse apoio dos que o querem a presidir a federação. E na calada há outros nomes.

Ficou claro que o antigo capitão dos “Mambas” não se aventuraria sem a certeza de que vai ganhar. E para ganhar quaisquer que sejam eleições é preciso investimento financeiro. E nisso pode-se contar com parcerias.

No meio da embrulhada vai-se sabendo que determinadas pessoas endinheiradas, que por diversas razões preferem não serem candidatas, vão-se escondendo por detrás de antigos jogadores que até Agosto vão sendo lançados como candidatos, do conjunto a que escolherão aquele que na verdade lhes garantirá o controlo perfeito do futebol nacional.

O próximo presidente poderá ser esse “menino” que aceitar ser o cara dos patrões do nosso futebol. E não será nenhum mal se isso for bom para o nosso desporto.

Mal será se os patrões pretenderem usar antigos futebolistas para interesses inconfessos, como continuar a progredir nos seus negócios, mesmo que para tal sacrifiquem o futebol nacional.

Nas televisões já se engendram debates promíscuos com questionários elaborados em gabinetes de certos padrinhos de candidatos, não nas redacções, como recomendam os manuais de jornalismo. O propósito é abater todo aquele que manifestar interesse de desafiar certa candidatura.

Nós, aqui no domingo, não temos preferência em ninguém. Que se candidatem todos aqueles que se julgam capazes de elevar a auto estima dos moçambicanos através de futebol.

Quem têm preferências são os desportistas que a partir de hoje vamos trazendo nestas páginas para, em jeito de debate, juntos abordarmos esta questão da sucessão de Feizal Sidat. A esses perguntamos: Que requisitos deve reunir o próximo presidente da FMF?

Manuel Meque

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